Grupo do Vale do Sinos que extorquia empresários tem R$ 13 milhões bloqueados em Operação

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (16), a sexta fase da Operação Timeo, que tem como alvo uma organização criminosa responsável por extorsões sistemáticas contra empresários do setor de compra e venda de veículos no Vale do Sinos. A prática criminosa, conhecida como “pedágio”, consiste na cobrança de uma espécie de “mensalidade” para que os estabelecimentos possam funcionar sem sofrer ataques ou represálias.

Essa foi a sexta fase da operação Timeo | abc+



Essa foi a sexta fase da operação Timeo

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

Coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Leopoldo, a ação tem como foco principal a descapitalização do grupo investigado. O objetivo é localizar e apreender dinheiro em espécie, joias, ouro e outros bens de alto valor que possam ter origem ilícita. Ao todo, foram bloqueados valores que somam R$ 13.373.783,00 em contas bancárias dos investigados. Também foram sequestrados criptoativos com valor equivalente a R$ 260 mil.

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As ordens judiciais de busca e apreensão estão sendo cumpridas em seis municípios: cinco mandados em Novo Hamburgo, dois em Portão, e um em cada uma das seguintes cidades: São Leopoldo, Cachoeirinha, Porto Alegre e Imbé. Ao todo, 60 policiais civis participam da ofensiva.

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Esta fase da investigação tem como alvos dez pessoas físicas e uma empresa que, segundo a polícia, mantiveram relações comerciais ou financeiras com integrantes do grupo criminoso já presos preventivamente em etapas anteriores. A suspeita é de que essas pessoas tenham recebido ou movimentado valores oriundos das extorsões, servindo como intermediários ou laranjas na lavagem de dinheiro.

18 prisões

Desde 2021, a Operação Timeo já resultou na prisão de 18 pessoas envolvidas com o esquema criminoso. As investigações apontam que o grupo se utilizava de familiares e comparsas para movimentar os valores extorquidos através do sistema bancário, dificultando o rastreamento e a atuação das autoridades. A Draco não descarta novas fases da operação nos próximos meses.

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