“Investidores devem ser cautelosos diante da tempestade” diz gestor sobre o dólar

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A recente escalada da tensão geopolítica e econômica, somada à guerra comercial e à volatilidade nas taxas de juros dos EUA, transformou o dólar e o mercado cambial em um verdadeiro termômetro da aversão ao risco. É o que avalia Sérgio Machado, gestor da MAG Investimentos, em entrevista ao programa BM&C News.

Questionado sobre se o câmbio ainda reflete fundamentos, Machado foi direto: “O problema é definir quais fundamentos. O dólar hoje está muito mais sensível ao medo global do que a dados econômicos reais.” Ele destaca que, diante do atual cenário de instabilidade, a moeda americana tem se comportado de forma errática — ora se fortalecendo em momentos de enfraquecimento econômico, ora perdendo valor em situações de pressão inflacionária.

Dólar emocional e tarifas imprevisíveis criam ambiente de pânico

Para o gestor, a percepção do risco nos mercados globais gerou um comportamento “emocional” da moeda americana. “O dólar virou um ativo de fuga, não de fundamento. Em momentos de nervosismo, ele se fortalece mesmo sem justificativa econômica aparente”, explica. Machado também cita a movimentação dos Treasuries de 10 anos, que chegaram a cair de 4,60% para 3,80%, como um reflexo da instabilidade que afeta diretamente o dólar e os fluxos internacionais de capital.

Além disso, o ambiente de tarifas imprevistas alimenta essa sensação de incerteza. “Não sabemos como outras economias vão responder aos aumentos de tarifas. Isso desorganiza as cadeias e aumenta o custo globalmente, sem garantir que os EUA consigam repatriar a produção como imaginam”, alertou.

Brasil escapa do pior, mas segue dependente dos mercados centrais

Apesar do caos global, Machado avalia que o Brasil ainda conseguiu escapar das medidas tarifárias mais agressivas, com exceção do aço. “Nossa tributação ficou em 10%, o que é muito melhor do que a média aplicada a outros países”, observou. Ele elogia a postura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem adotado uma linha “low profile” e pragmática, evitando atritos desnecessários com os EUA.

No entanto, o gestor lembra que o país segue vulnerável à volatilidade externa. “O Brasil ainda é muito dependente dos mercados centrais. Por isso, qualquer estresse lá fora acaba respingando aqui — especialmente no câmbio”, pontuou.

Dólar e câmbio: cautela é a melhor estratégia

Diante de um cenário repleto de incertezas e movimentos imprevisíveis, a recomendação de Sérgio Machado para os investidores é clara: calma. “É muito difícil hoje tomar uma decisão com segurança. O melhor que se faz agora é esperar, não agir com impulso e proteger o portfólio”, afirmou.

Ele também comentou que o mercado de ações brasileiro tende a ser impactado pela incerteza. “A Bolsa está vulnerável. A dúvida é como essa turbulência vai bater aqui. O investidor precisa ser conservador neste momento.

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