Moraes autoriza envio de antidepressivo a “patriota” que pegou 17 anos

O ministro Alexandre de Moraes (STF) determinou que a Polícia Penal do Paraná forneça o antidepressivo Cloridrato de Sertralina 50 mg a Moacir José dos Santos, condenado a 17 anos de prisão e multa coletiva de R$ 30 milhões pelos danos causados nos atos do 8 de Janeiro. O “patriota” chegou a fugir para a Argentina, mas acabou preso em Cascavel (PR), em novembro de 2024.

Na decisão, Moraes condicionou a entrega do medicamento à apresentação de prontuário médico que comprove o uso contínuo do remédio. A defesa afirma que Moacir dos Santos fez uso da substância há 1 ano e 6 meses, mas está sem tratamento desde que foi preso. No último dia 4, a unidade prisional passou a medicá-lo com outro antidepressivo disponível na rede estadual, o cloridrato de amitriptilina 25 mg.

“Tendo em vista que o uso do medicamento não pode ser interrompido de forma abrupta, podendo desencadear doenças físicas e psicológicas debilitantes à medida que o cérebro passa pela abstinência, a defesa requer a determinação de vossa excelência, para que o medicamento seja fornecido ao interno pela Unidade Prisional”, pediu a defesa.

Condenado em outubro de 2023, Moacir dos Santos disse à PF que buscava “um Brasil melhor” e viajou a Brasília em um ônibus fretado com mais de 60 pessoas. A investigação encontrou material genético do “patriota” em objetos do Palácio do Planalto, além de vídeos e fotos da depredação armazenados no celular dele.

Após a fuga de Santos para a Argentina, Moraes incluiu o nome dele em um pedido de extradição junto com outros 61 foragidos identificados pela imigração do país vizinho. Ao retornar ao Brasil, ele capturado pela PF.

Ao ser questionado na audiência de custódia sobre como ocorreu a prisão, ele relatou que os policiais o enganaram quando bateram à sua porta e fingiram ser funcionários dos Correios. “Segurou meu punho e me deu um mata-leão”, afirmou.

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