EUA anunciam novas sanções contra refinarias chinesas que importam petróleo do Irã

Vista aérea mostra petroleiro em um terminal de petróleo na ilha de Waidiao, em Zhoushan, China (China Daily via REUTERS)

O governo dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira (16) um novo pacote de sanções com foco na cadeia de exportação de petróleo do Irã, atingindo diretamente importadores chineses e embarcações ligadas à chamada “shadow fleet” iraniana. A medida ocorre enquanto a administração do presidente Donald Trump retoma negociações com Teerã sobre seu programa nuclear.

As sanções incluem uma refinaria independente chinesa, conhecida como “teapot”, acusada de adquirir mais de US$ 1 bilhão em petróleo iraniano. Esta é a segunda refinaria desse perfil penalizada desde o relançamento da campanha de “pressão máxima” dos EUA, que visa reduzir as exportações iranianas a zero.

Além disso, empresas e navios que facilitam o transporte de petróleo iraniano também foram sancionados. Segundo o Departamento do Tesouro, essas ações são parte de um esforço para minar a rede que permite ao Irã contornar restrições e continuar gerando receitas com petróleo.

“Qualquer refinaria, empresa ou corretor que opte por adquirir petróleo iraniano ou facilitar esse comércio se coloca em sério risco”, afirmou o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em comunicado.

A China, maior compradora de petróleo iraniano, criticou a medida. Em nota, o porta-voz da embaixada chinesa em Washington, Liu Pengyu, declarou que o país “tomará as medidas necessárias para proteger seus direitos e interesses legítimos”.

O Tesouro americano também atualizou orientações para o setor marítimo, alertando sobre os métodos de evasão de sanções utilizados pelo Irã, como o uso de frota oculta e práticas para disfarçar a origem do petróleo.

Esta é a sexta rodada de sanções desde a reativação da campanha de pressão, que busca impedir o avanço do programa nuclear iraniano. Em sua primeira gestão, Trump havia retirado os EUA do acordo de 2015 que limitava o enriquecimento de urânio pelo Irã em troca do alívio de sanções.

“As sanções serão plenamente aplicadas enquanto o Irã continuar tentando gerar receitas para financiar atividades desestabilizadoras”, disse Tammy Bruce, porta-voz do Departamento de Estado.

(com Reuters)

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