Cavalo é apreendido em praia que mulher morreu atropelada por charrete

São Paulo — Um homem teve o cavalo apreendido por cavalgar em alta velocidade na faixa de areia da Praia de Taniguá, em Peruíbe, no litoral de São Paulo, após ser advertido por agentes de fiscalização da prefeitura. O caso aconteceu na tarde desta sexta (17/4), no mesmo local em que uma mulher morreu atropelada por uma charrete em 23 de março.

Apreensão de cavalo

De acordo com o Secretário da Segurança Pública de Peruíbe, Cristhian Rodrigues José, o homem apresentava sinais de embriaguez.

Durante fiscalização, agentes fiscalização de postura e guarda municipal pediram para o dono do cavalo tirar o animal da faixa de arenosa. No retorno, encontraram o homem cavalgando novamente na areia. O cavalo foi apreendido e o dono fugiu do local.

Vídeos mostram o momento em que o cavalo foi apreendido. Veja:

Segundo os agentes, o animal, que apresentava algumas feridas no momento da apreensão, foi recolhido para o Rancho Rafael, em Peruíbe.

Rachas de charrete

Conforme Christian, desde a morte de uma turista após atropelamento por charrete, os rachas em áreas arenosas haviam sido interrompidos. O caso desta sexta foi o primeiro desde o acidente, revelou o secretário.

Os rachas de charrete entraram na mira da polícia local após a morte da mulher. Segundo o delegado da seccional do município, Archimedes Cassão Veras Júnior, as investigações policiais acreditam que esses rachas envolviam apostas em dinheiro. Ainda não se sabe quais quantias exatamente essas disputam movimentam.


Mulher morre atropelada por charrete

  • Uma mulher chamada Thalita Rochino, de 37 anos, morreu no dia 25 de março, dois dias após ser atropelada por uma charrete enquanto andava de bicicleta na Praia de Taniguá, na divisa entre Peruíbe e Itanhaém.
  • O homem que atropelou a vítima, identificado como Rudney Gomes Rodrigues, de 31 anos, alegou que estava passando com a charrete pela faixa de areia da praia quando notou a presença de pedestres. O condutor viu uma pessoa à sua esquerda e desviou.
  • Foi neste momento que Thalita, que vinha pelo lado direito, teria cruzado na frente da charrete, “ocasionando uma colisão frontal”, afirmou Rudney no boletim de ocorrência que registrou sobre o caso.
  • Uma amiga da vítima que a acompanhava contou que viu dois carros e duas charretes em alta velocidade. Ela afirma que tentou avisar Thalita sobre os veículos, mas não deu tempo.
  • A amiga disse que viu Thalita caída no chão com “hemorragia no crânio” e a bicicleta retorcida, com o pneu estourado.
  • Thalita foi atendida e encaminhada à UPA de Itanhaém, mas foi transferida para um hospital particular atendido pelo próprio convênio médico, onde morreu.
  • Rudney foi preso temporariamente no dia 29 de março. A prisão temporária foi convertida em preventiva pela Justiça.
  • Outro homem, de 29 anos, foi preso em 10 de abril suspeito de envolvimento no atropelamento. Na última quarta (16/4), Karina Santos Ribeiro, companheira de Rudney, também foi presa. A suspeita é que eles participam de um racha no momento do acidente.
  • A égua que conduzia a charrete no momento do atropelamento foi apreendida.
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