Demora de Bruno Henrique para tomar cartão deixou apostadores aflitos

O inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou Bruno Henrique e mais 10 pessoas por fraude em competição esportiva aponta que apostadores envolvidos estavam aflitos com a demora do árbitro da partida entre o Flamengo e o Santos, pela campeonato brasileiro de 2023, em punir o atacante rubro-negro com o cartão amarelo.

A Polícia Federal (PF) considerou que Bruno Henrique, antes de tomar o cartão amarelo no fim do jogo, tentou por quatro vezes ser advertido por condutas consideradas “inapropriadas”. A punição para o jogador veio apenas nos acréscimos da etapa final da partida após falta no jogador Soteldo, do Santos.

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Na sequência do lance, Bruno Henrique foi expulso após, segundo a súmula da partida, ofender o juiz com os dizeres, “você é um merda”.

Enquanto a partida entre Santos e Flamengo acontecia, Wander (irmão de Bruno Henrique) e Claudinei (apostador amigo de Wander) conversavam sobre a demora do árbitro da partida em punir o atacante do Flamengo.

“Viado do céu, que juiz desgraçado”, disse Claudinei.

Wander responde: “Já era pra ter dado e tá nessa porra ai”.

Para a PF, essa troca de mensagens destaca que tanto Wander como Claudinei tinham informações privilegiadas que Bruno Henrique seria advertido com o cartão amarelo.

Em conversa com Andryl, outro apostador indiciado pela PF após o jogo, Claudinei cita o fato de o árbitro da partida ter demorado a aplicar cartão. Os apostadores conversam que se fosse a partida fosse comandada pelo árbitro Paulo Cesar Zanovelli—conhecido como um árbitro muito rígido no aspecto disciplinar durante os
jogos— eles teriam ganhado a aposta mais facilmente.

Em áudio, Adryl diz: Tá louco, viado. Com esse árbitro aí, nunca mais, mano!! Se fosse o usar novelle (Zanovelli), tá louco. Nós tínhamos já lucrado muito cedo”.

Ao final da partida, às 22:06h, Andryl escreve: “No último minuto viado” e Claudinei responde com mensagem de áudio: “Você é louco? Falei com a Rafaela (esposa), eu não faço isso mais não, Del. Você é louco? É muita
adrenalina, mano”.

Andryl ainda complementa: “Ah não, eu não também faço não, mano Tá louco, tensão demais, mano” (…).

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