Milhares de fiéis visitam o túmulo de Padre Reus nesta Sexta-feira Santa; veja imagens

O sol ainda nem apontava no horizonte e milhares de fiéis já chegavam ao Santuário Sagrado Coração de Jesus, em São Leopoldo, nesta Sexta-feira Santa (18). O local, onde está situado o túmulo de Padre Reus, tradicionalmente recebe visitantes de toda região, que vêm em procissão espontânea na data.

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Movimento é intenso no santuário de Padre Reus nesta Sexta-feira Santa (18) | abc+ — Movimento é intenso no santuário de Padre Reus nesta Sexta-feira Santa (18)

Foto: Priscila Carvalho/GES-Especial

“Estou há quase seis anos aqui e este é o ano que tem mais gente do que os anteriores, excetuando o período da pandemia (em que o local não abriu no dia)”, disse o reitor do santuário, padre Raimundo Resende, comentando que ainda durante a madrugada, às 4h, quando o local foi aberto, já havia muita gente esperando.

Grandes filas de fiéis se formaram para visitar o túmulo de Padre Reus. No espaço externo do santuário, diáconos davam a benção aos visitantes. Na rua em frente ao local, água benta era distribuída aos devotos, com ajuda de um caminhão do Exército.

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Agradecendo por graças alcançadas

A família de Kerolin Felippe, 29 anos, foi uma das que madrugou para ir ao santuário. Junto do marido André Breunig e da filha Alice, de apenas 1 ano, eles saíram à 1h de Santa Cruz do Sul, onde residem, passaram na casa de familiares em Cachoeirinha, e vieram para São Leopoldo. “É tradição na família vir de carro até Cachoeirinha e, de lá, a pé até São Leopoldo. Hoje não fizemos isso por causa da pequena, mas já faz quatro anos que viemos”, conta ela, enquanto esperava o restante da família, que foi caminhando.

“Meu vô sofreu um acidente e os médicos disseram que não tinha o que fazer. Fizemos promessa a Padre Reus e meu vô está conosco hoje. Meus tios fizeram a primeira caminhada, para agradecer pelo vô ter se salvado, e agora todo mundo segue” complementa Kerolin.

Elisandro Piccoli, 32 anos, e seus pais Isolde Blumke, 58, e Ilírio Piccoli, 66, também madrugaram. Eles saíram às 5h40 do bairro Feitoria, em São Leopoldo, para chegar ao túmulo. “A caminhada já é rotina. Toda Sexta-feira Santa nós viemos”, relata Elisandro, que fez o trajeto descalço. “Por uma graça alcançada”, afirma. Morando na Feitoria há mais de 30 anos, Isolde e Ilírio são de Veranópolis, mas já conheciam a devoção atribuída ao pároco. “É muito histórico. Desde que morávamos no interior já se falava muito no Padre Reus”, destacou Ilírio.

Emoção

Também moradora do bairro Feitoria, Elaine Faleiro, 50, se emocionou bastante ao passar pelo túmulo de Padre Reus, acompanhada do esposo, José Faleiro, 50 anos, e da filha Daniela, de 25. O motivo é uma graça alcançada há 25 anos. “Minha filha nasceu muito doente e eu fiz promessa. Aí venho todos os anos, sempre na Sexta-feira Santa”.

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Grupo de Novo Hamburgo foi correndo

Com flores nas mãos e ajoelhada aos pés do túmulo de Padre Reus, Cíntia Regina Schmitt, 37 anos, fez sua oração, visivelmente emocionada. Ela saiu do bairro Roselândia, em Novo Hamburgo, no limite com Dois Irmãos, às 6h, junto de um grupo de corrida que participa. “Viemos entre cinco pessoas de lá. Foram duas horas correndo”, comenta, ressaltando que é a primeira vez que faz o trajeto até o local na Sexta-feira Santa. “Vim agradecer pela saúde da minha família”.

“Pedindo perdão”

Dentro da igreja, outras filas se formaram para chegar à imagem de Jesus Cristo morto, exposta em frente ao altar. Alana Freire, 28 anos, ajoelhou para rezar junto com a filha Lauren, 2 anos. “Pedindo perdão, porque fomos nós que fizemos Ele passar por tudo isso”. Junto com o marido Alex Rademah, 32, e o filho mais velho, Benjamin, de 8 anos, ela conta que sempre que possível faz o trajeto a pé de Sapucaia do Sul, onde moram, até o santuário, nas sextas-feiras santas. “Para agradecer a Jesus, por tudo que ele passou por nós, esse amor que Ele teve por nós.”