Manifestação em Novo Hamburgo exige responsabilização por acidente na BR-116 que matou Karine Friedrich

A dor da perda e a revolta tomaram conta da manifestação realizada na tarde deste sábado (19) em Novo Hamburgo. “Justiça pela Kaká!”, gritava Joseane Schmitz, 39 anos, irmã de Karine Luise Friedrich, 43, que morreu em um acidente de trânsito na madrugada de sexta-feira (18) na BR-116, em Estância Velha.

Joseane liderou o grupo que percorreu cerca de 700 metros entre a funerária no bairro Hamburgo Velho, aonde ocorreram os atos de despedida, e a Central de Polícia Civil, no centro da cidade.

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Familiares e amigos participaram do ato | abc+



Familiares e amigos participaram do ato

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

Karine, conhecida em festas e eventos por seu trabalho como barwoman, conduzia uma motocicleta Yamaha Fazer pela rodovia quando foi atingida frontalmente por um Mercedes-Benz GLA250 que invadiu a pista contrária. Ela morreu na hora.

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A família questiona a mudança na versão oficial sobre quem conduzia o veículo no momento do acidente. “Queremos que os fatos sejam esclarecidos e os culpados sejam punidos”, afirmou um amigo da família.

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Familiares e amigos participaram do ato

Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

Mudança na versão gera indignação

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o condutor do veículo era um médico de 48 anos, natural de Porto Alegre, que se recusou a fazer o teste do bafômetro. Diante da negativa, ele foi autuado administrativamente por embriaguez ao volante. Mesmo assim, o delegado plantonista Fernando Pires Branco não realizou a prisão em flagrante, fato que causou indignação entre os familiares da vítima.

Quando os agentes da PRF chegaram à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de São Leopoldo, o advogado do médico já estava no local. Pouco depois, uma reviravolta: a companheira do médico, uma enfermeira de 44 anos, moradora de Lindolfo Collor, apresentou-se como a verdadeira condutora do carro. Ela negou ter invadido a pista contrária.

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Foto: Joceline Silveira/GES-Especial

“Arrancaram a minha irmã de mim”

Joseane Schmitz não esconde a revolta diante da versão apresentada após o acidente. “Arrancaram a tua irmã de ti, uma pessoa nova, cheia de planos, e começaram a fazer essas invenções. Eu tenho fé que vai ser feita justiça, porque existe toda uma investigação, perícia, que vai provar que eles estavam errados. O que o delegado fez não tem explicação, não tem lógica”, desabafou.

Últimos momentos

Karine havia começado recentemente a trabalhar com a irmã em uma empresa de administração de condomínios. “Ela estava muito feliz porque a gente estava trabalhando juntas e ela não iria mais precisar fazer trabalhos à noite. Só que surgiu esse evento, o aniversário de um amigo dela. Ela saiu da minha casa às 16h30 para ir para esse evento… e nunca mais voltou”, relatou Joseane, emocionada.

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