Fantasmas da saúde: câmera flagra médicos fraudando ponto em UPA. Veja

São Paulo — Câmeras de segurança de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de São José do Rio Preto, no interior paulista, flagraram médicos em um suposto esquema de fraude no ponto de trabalho nas casas de saúde.

A investigação feita pela prefeitura identificou indícios de que pelo menos 14 profissionais são fantasmas em suas unidades de saúde do município, que fica a 440 quilômetros da capital.

Veja os flagrantes


Entenda o caso

  • Investigação conduzida pela prefeitura de São José do Rio Preto, após a denúncia de um vereador e a publicação de notícias em jornais locais, constatou um esquema de fraude de ponto em duas UPAs da cidade.
  • Nessas mesmas unidades de saúde, um levantamento com base em dados das ouvidorias mostram pessoas reclamando de até 8 horas de espera para casos como fratura, suspeita de dengue e mesmo para idosos.
  • Foram cruzadas informações sobre atendimentos e registros de pontos dos médicos nos pronto-socorros. Também foram tomados depoimentos de testemunhas.
  • Duas UPAs da cidade, a Jaguaré e a Tangará, tinham imagens de câmeras que apontavam para o relógio de ponto.
  • As imagens mostram profissionais de saúde registrando o ponto para colegas que não estavam nas UPAs. Somente uma delas mostra uma mesma servidora registrando pontos com quatro cartões diferentes.

As imagens serviram como base para abertura de processos administrativos que podem levar à demissão a bem do serviço de três médicos contratados da Prefeitura.

Também foram encaminhadas as conclusões da investigação para a Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme), para que tome providências sobre os profissionais contratados pela entidade que administra as UPAs.

Em um dos casos, por exemplo, diversas imagens de câmeras mostraram outros profissionais batendo o ponto com o crachá de outra médica, que tem vínculo com mais de uma unidades de saúde.

No caso de outra profissional, além de as imagens mostrarem que seu ponto era batido por outros profissionais, seu registro de atendimentos na unidade era baixo e testemunhas disseram que ela registrava formalmente trabalho em uma unidade e, na verdade, trabalhava em outra.

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