“Cachaça é água?”: O dia em que o papa Francisco mandou chamar um padre do Vale do Sinos para fazer uma pergunta inusitada

Entre tantas histórias e interações importantes, curiosas e, por vezes, engraçadas que o papa Francisco colecionou ao longo de seu papado, uma delas aconteceu há menos de um ano e envolve um padre do Vale do Sinos.

Padre Vilson Trevisol teve oportunidade de conversar com papa Francisco em agosto do ano passado, ocasião em que o papa lhe chamou para fazer pergunta inusitada | abc+



Padre Vilson Trevisol teve oportunidade de conversar com papa Francisco em agosto do ano passado, ocasião em que o papa lhe chamou para fazer pergunta inusitada

Foto: Arquivo pessoal

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Em agosto do ano passado, o padre Vilson Trevisol, que atualmente é pároco da Paróquia São João Batista, em Sapiranga, esteve em Roma para participar do congresso do Instituto Santa Ângela Merici. Ao final do evento, participou de uma missa na capela do Santíssimo, na Basílica de São Pedro, onde pôde — assim como os demais participantes — esperar o papa Francisco no pátio do Vaticano.

Na época, padre Vilson era reitor do Seminário Propedêutico Betânia, da Diocese de Novo Hamburgo. Ele conta que se apresentou ao papa dizendo que eram “vizinhos”, em referência ao fato de Francisco ser argentino. “Ele pegou minha mão e quis saber notícias do nosso Estado, da situação das enchentes”, recorda. Fazia três meses da maior enchente da história do Rio Grande do Sul e o Estado ainda assimilava a tragédia que matou mais de 180 pessoas e atingiu cerca de 300 dos 497 municípios gaúchos.

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Na ocasião, o papa comentou que havia telefonado para o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler — que atualmente também preside a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Episcopal Latino-Americano — em busca de informações.

Após essa interação, padre Vilson conta que se afastou para permitir que os demais integrantes do grupo pudessem se aproximar de Francisco. Contudo, cerca de um minuto depois, foi surpreendido ao ser chamado pelo secretário do papa, a seu pedido.

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“Ele queria fazer uma brincadeira e me perguntou: ‘Cachaça é água?’. Respondi: ‘Não, Santo Padre, não é’”, recorda Trevisol. A interação arrancou risos, e o papa se despediu, seguindo em direção ao seu veículo. “Foi completamente inusitado, é o espírito brincalhão dele”, comenta o padre.

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“Sem dúvidas, foi o maior presente do meu dia. Encontra-se nele humanidade, humildade e espírito de alegria. O que mais precisaríamos na Igreja?”, conclui padre Vilson.

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