“Ele foi o papa da paz, do diálogo, da abertura, da inclusão”: Bispo de Novo Hamburgo destaca legado do papa Francisco

O bispo da Diocese de Novo Hamburgo, Dom João Francisco Salm, manifestou-se na manhã desta segunda-feira (21) sobre a morte do papa Francisco, ocorrida durante a madrugada, aos 88 anos. Em sua declaração, Dom João destacou o legado fecundo deixado pelo pontífice, marcado pela escuta, pelo diálogo e por uma postura de acolhimento, mesmo diante das diferenças.

“O papa Francisco nos deixa muitos ensinamentos e muitas luzes para o futuro. Ele é um homem do futuro, um homem muito à frente de todos nós. O horizonte que o papa abre é imenso, onde cabe tudo e cabe em todos”, afirma o bispo.

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Dom João Francisco Salm, bispo da Diocese de Novo Hamburgo, reconhece importância do papa Francisco à Igreja Católica

Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

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Dom João ressaltou a postura inclusiva de Francisco, apontando o compromisso do papa com a dignidade de todo ser humano. “Ele é o homem do diálogo, um homem que não excluía ninguém. Para ele, todos eram irmãos, todo mundo era ser humano, não importava quem fosse – mesmo que não aprovasse comportamentos e atitudes –, era um ser humano que tinha que ser respeitado, tratado com atenção, tratado com carinho.”

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O bispo também comparou Francisco aos papas que teve a oportunidade de conhecer e como cada um, com seu carisma próprio, impactou a juventude e a Igreja de diferentes maneiras. “Como todos os papas, cada um tem o seu carisma, tem o seu jeito próprio”, disse Dom João, mencionando os papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II, destacando como cada um deles se conectou com os jovens de sua época, buscou a paz e saiu em defesa das classes menos favorecidas.

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“Francisco foi o papa da paz, do diálogo, da abertura, da inclusão, da não rejeição de ninguém. Foi um homem que tinha um sentimento, uma sensibilidade muito grande para com todos, sobretudo os pobres, aqueles que são mais rejeitados, e nesse sentido, ele sempre esteve do lado deles, assim fez Jesus. Então, nesse sentido, não dava nem para criticá-lo. Criticar a ele, nessas suas atitudes, seria criticar Jesus”, afirma.

Para Dom João, papa Francisco “soube traduzir os ensinamentos profundos da Igreja”

Dom João enfatizou o carisma único de Francisco, que soube traduzir a teologia e os ensinamentos profundos da Igreja em uma linguagem simples e acessível. “O papa Francisco, do seu jeito, conseguiu trazer a teologia, aquilo que é mais profundo, em uma linguagem simples, digamos assim, de casa, domiciliar”, sublinha.

Essa maneira de Francisco fez com que muita gente começasse a ouvi-lo. “Ele tem esse carisma de fazer com que todos se sintam parte, de se fazer compreender por todos, principalmente pelos mais humildes”, completa.

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O bispo de Novo Hamburgo referendou, ainda, as ações de Francisco em busca da união e do respeito. “O caminho da paz é saber conviver num mundo onde todos somos humanos, e não excluir o outro. Nos entender e respeitar”, avalia.

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Diante da morte do pontífice, Dom João também expressou um sentimento de consternação, reconhecendo o impacto mundial da perda. “É uma morte que abala o mundo inteiro, traz tristeza, um certo sentimento de vazio. Mas nós, cristãos, vivemos conscientes de que a morte faz parte do ciclo da vida”, disse. No entanto, o bispo também compartilhou um sentimento de gratidão pela oportunidade de ter vivido o pontificado de Francisco. “Francisco foi um homem muito importante e nos ajudou imensamente. Nós só temos a agradecer por termos tido esse papa. O tempo que ele teve, que Deus lhe deu, foi um tempo muito fecundo para a Igreja”, finaliza.

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