Maioria dos cardeais do conclave foram nomeados por Francisco

O conclave, reunião dos cardeais da Igreja Católica que escolherá o sucessor de Francisco, terá uma maioria confortável de cardeais votantes que foram escolhidos pelo próprio papa.

Há cerca de 135 cardeais que, com menos de 80 anos, possuem direito a votar no conclave. Destes, 108 foram nomeados por Francisco, considerado um papa de tendências mais progressistas.

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O papa Francisco

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A votação é secreta. O novo papa é escolhido após 2/3 dos cardeais escolherem um nome único. Em 2013, quando Francisco foi eleito, ele recebeu votos de 116 dos 120 cardeais. O conclave deve acontecer nos próximos 20 dias.

Tendência?

Isso pode alterar a tendência de 2013. Na ocasião, apesar de não se divulgar um resultado, as informações de bastidores apontam que o segundo colocado foi o cardeal conservador italiano Angelo Scola, hoje com 83 anos.

Na ocasião, o cardeal Jorge Mario Bergoglio, que viria a ser eleito papa, não entrou como favorito, apesar de ter sido bem votado no conclave de 2005, após a morte de João Paulo II e que elegeu Bento XVI.

Hoje, os principais candidatos ao papado vêm de diferentes continentes. Entre os mais cotados está o italiano Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha e presidente da Conferência Episcopal Italiana. Próximo a Francisco, Zuppi tem se destacado como enviado papal em negociações de paz.

Outro nome forte é o filipino Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila. Popular e considerado um continuador das reformas de Francisco, ele é visto como uma opção para fortalecer a presença da Igreja na Ásia.

O cardeal ganês Peter Turkson também aparece entre os favoritos. Com uma longa trajetória na Cúria Romana e defensor de pautas ligadas à justiça social, ele poderia se tornar o primeiro papa negro da história. Já o húngaro Péter Erdő, membro do Conselho para a Economia da Santa Sé, é outro nome cogitado, embora sua candidatura dependa do cenário político dentro do Conclave.

Francisco faleceu nesta segunda-feira (21/4), no Vaticano. Primeiro latino-americano a liderar a Igreja Católica, o pontífice apresentou uma grave piora no quadro de saúde nas últimas semanas.