Ataque a turistas deixa ao menos 24 mortos em área turística da Caxemira indiana

Pelo menos 24 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após um ataque armado contra um grupo de turistas na cidade de Pahalgam, um dos principais destinos turísticos da Caxemira administrada pela Índia. O atentado, ocorrido nesta terça-feira (23), foi descrito por autoridades locais como o mais violento contra civis na região nos últimos anos.

O primeiro-ministro da região, Omar Abdullah, classificou o ataque como “muito maior do que qualquer outro que já vimos contra civis”. Segundo relatos da imprensa local, alguns dos feridos estão em estado crítico.

A ação aconteceu em Baisaran, um prado localizado a cinco quilômetros de Pahalgam, na região do Himalaia, onde o acesso é feito apenas por trilhas – veículos não alcançam o local. O ataque teria ocorrido de forma repentina, conforme relatou à BBC um dos sobreviventes, turista vindo do estado de Gujarat. “As pessoas começaram a correr, gritar e chorar”, relatou.

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Imagens divulgadas por veículos de comunicação e nas redes sociais mostram corpos espalhados no campo e soldados indianos em operação. Em algumas gravações, vítimas afirmam que os atiradores estariam mirando especificamente em não muçulmanos, mas essa informação ainda não foi oficialmente confirmada.

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, condenou o atentado e afirmou que os responsáveis “serão levados à justiça”. Em nota publicada nas redes sociais, disse que “a determinação da Índia em combater o terrorismo é inabalável e ficará ainda mais forte”.

O ministro do Interior, Amit Shah, foi enviado a Srinagar, a principal cidade da Caxemira, para coordenar as respostas de segurança.

Nenhum grupo reivindicou autoria até o momento. A Caxemira vive uma insurgência armada desde 1989, com grupos separatistas que rejeitam o controle indiano na região de maioria muçulmana. Embora a violência tenha diminuído nos últimos anos, incidentes graves ainda ocorrem. Em junho de 2024, por exemplo, um ataque a um ônibus de peregrinos hindus deixou nove mortos e mais de 30 feridos.

A escalada mais significativa na tensão recente ocorreu em 2019, quando o governo de Modi revogou a autonomia constitucional da Caxemira, intensificando a presença militar e limitando liberdades civis. Hoje, cerca de 500 mil soldados indianos estão estacionados permanentemente na região.

Pahalgam, cenário do atentado, é conhecido por suas paisagens e atrai milhões de turistas indianos e estrangeiros todos os anos. Em 2024, a região recebeu 3,5 milhões de visitantes, segundo dados oficiais. O governo de Nova Délhi tem promovido o turismo como uma forma de integrar economicamente a Caxemira ao restante do país.

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