Moraes repete vídeo de quando tornou Bolsonaro réu: “Não foi passeio”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes reiterou a exibição de vídeos durante o julgamento para reforçar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o núcleo 2.

Moraes destacou, ao solicitar que as filmagens fossem mostradas novamente, que isso serviria para que as “pessoas não esqueçam” ao tentarem convencer a opinião pública de que os atos de 8 de janeiro foram apenas um “passeio no parque” – o magistrado sublinhou a necessidade de ressaltar que os eventos daquele dia foram, de fato, violentos.


Veja quem está sendo julgado:

  • Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Jair Bolsonaro;
  • Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF;
  • Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência;
  • Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
  • Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública da Distrito Federal; e
  • Mário Fernandes – general da reserva do Exército e “kid preto”.
  • Todos foram denunciados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima, além de deterioração de patrimônio tombado e concurso material.

As imagens exibidas mostram manifestantes invadindo os prédios dos Três Poderes em Brasília e pedindo um golpe de Estado. Parte do material apresentado novamente por Moraes inclui imagens de Ana Priscila Silva Azevedo, que ficou conhecida por filmar uma viatura da Polícia Legislativa caída no espelho d’água em frente ao Congresso, além de pedir o golpe.

“As imagens divulgadas à época e reiteradas afastam qualquer alegação de uma manifestação pacífica, com senhoras com a bíblia na mão. Nas imagens, não aparece nenhuma senhora com bíblia na mão. Tudo que apareceu depois foram montagens feitas por milícias digitais”, enfatizou o magistrado.

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