Pela 2ª vez, polícia marca data para reconstituição do caso Vitória

São Paulo — A Polícia Civil definiu a data para realizar a reconstituição da morte de Vitória Regina de Souza, de 17 anos. A diligência será às 10h de quinta-feira (24/4), em Cajamar, na Grande São Paulo, e não terá a presença do único indiciado pelo crime até o momento, Maicol Santos, que está preso.

A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP). Segundo a pasta, os laudos da investigação ficaram prontos na última quinta-feira (17/4) e foram encaminhados às autoridades que atuam no caso.

De acordo com a defesa de Maicol, o indiciado pela morte da jovem não estará na reconstituição do crime por determinação da Justiça. Na nota que divulgava a informação os advogados ainda disseram: “Não há como reconstituir um crime cuja autoria e dinâmica permanecem desconhecidas.”

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Maicol (de verde) confessando crime

Vitória Regina
Vitória em festa de formatura
Vitória Regina de Souza, de 17 anos
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Corpo de Vitória Regina de Souza, 17, foi encontrado com sinais de tortura e decapitado em Cajamar (SP). Polícia ouviu 14 pessoas envolvidas

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Maicol (de verde) confessando crime

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Vitória em festa de formatura

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Vitória Regina de Souza, de 17 anos

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A adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada morta em Cajamar

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Jovem desapareceu em Cajamar, na região metropolitana de SP

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Maicol chega ao CDP de Guarulhos após confessar crime

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Suspeito de envolvimento no assassinato da adolescente Vitória Regina de Souza, 17, é preso na Grande SP

Valentina Moreira/Metrópoles

Uma reconstituição já havia sido marcada para o dia de 10 de abril, mas precisou ser remarcada por “razões técnicas”, alegou a polícia na época.

Único preso

Maicol está preso desde o dia 8 de março por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver, após confessar a autoria do homicídio. As investigações prosseguem na Delegacia de Cajamar para a conclusão do inquérito policial.

Laudos periciais constataram a presença do sangue de Vitória na casa do suspeito. Também foram encontradas amostras de DNA da vítima no carro dele.

O documento confirma que ambos estiveram juntos, mas não foi possível afirmar qual foi o local exato da morte. A avaliação, no entanto, é de que ela não tenha sido morta no carro, como havia dito o autor em confissão. Vídeo obtido pelo Metrópoles mostra um trecho do depoimento. Veja:

 

Porém, o laudo foi considerado inconclusivo quanto à ocorrência de crime sexual. O estado de deterioração do corpo de Vitória impediu essa avaliação.

Ainda de acordo com o documento, ela sofreu lesões fatais e morreu por hemorragia interna e externa.


A morte de Vitória

  • Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada assassinada na tarde do dia 5 de março, em uma área rural de Cajamar, na Grande São Paulo. Ela estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho.
  • Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição. A família reconheceu o corpo por conta das tatuagens no braço e na perna e um piercing no umbigo.
  • Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem chegando a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro e, posteriormente, entrando no transporte público. Antes de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
  • Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus e que lhe causavam medo. Em seguida, ela entra no ônibus e diz que os dois subiram junto com ela no transporte público — e um sentou atrás dela.
  • Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga, dizendo que os dois não haviam descido junto com ela. “Tá de boaça”. Foi o último sinal de Vitória com vida.

 

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