Turismo em Roma sofre alterações após morte do papa Francisco

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A Capela Sistina permanecerá fechada temporariamente para sediar o Conclave (Freepik/Wirestock)

A morte do papa Francisco, ocorrida na segunda-feira (21), aos 88 anos, provocou mudanças significativas na rotina de Roma e do Vaticano, afetando diretamente turistas que planejam visitar a cidade nos próximos dias. O Vaticano entrou oficialmente em período de luto, com restrições de acesso, alterações em eventos religiosos e impacto no transporte público e na hospedagem.

Francisco foi o primeiro pontífice latino-americano e o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica. Seu papado, iniciado em 2013, foi marcado por reformas internas e posicionamentos em defesa dos mais pobres. Com seu falecimento, inicia-se o período conhecido como Sede Vacante, que se estende até a escolha de um novo papa.

Nos próximos dias, o corpo de Francisco será velado na Basílica de São Pedro. O acesso será restrito aos participantes das cerimônias oficiais. A Praça de São Pedro também terá presença intensificada de segurança e controle de acesso, especialmente durante o funeral e o Novendiale — período tradicional de nove dias de luto.

A Capela Sistina permanecerá fechada temporariamente para sediar o Conclave, processo reservado no qual os 120 cardeais eleitores irão eleger o novo pontífice. Não há data definida para a conclusão da eleição, o que costuma atrair milhares de fiéis à Praça de São Pedro, na expectativa do anúncio.

Os Museus Vaticanos continuam em funcionamento, com exceção da Capela Sistina. Espaços como o Museu Pio-Clementino, a Pinacoteca Vaticana e as Salas de Rafael seguem abertos ao público, mas recomenda-se confirmar horários atualizados antes da visita.

O Jubileu de 2025, celebrado a cada 25 anos, também terá mudanças no cronograma. Estava previsto para ocorrer entre os dias 25 e 27 de abril o Jubileu dos Adolescentes, com uma missa na Praça de São Pedro no domingo (27), que seria presidida por Francisco e incluiria a canonização do beato Carlo Acutis. A programação será revista, mas ainda não houve comunicado oficial do Vaticano.

O transporte público nos arredores do Vaticano poderá operar com desvios e restrições. Linhas de ônibus e metrô podem ser reconfiguradas, e vias como a Via della Conciliazione poderão ser fechadas ao tráfego de veículos em função das cerimônias.

Eventos culturais previstos para o período estão sendo suspensos ou adiados. A cidade de Roma está sob clima de luto, com bandeiras a meio mastro e celebrações religiosas espalhadas por diversos pontos, o que afeta diretamente o calendário de shows, exposições e outras programações turísticas.

A alta procura por passagens aéreas e hospedagens elevou os preços e reduziu a disponibilidade. A recomendação é redobrar o planejamento, buscar rotas alternativas e fazer reservas com antecedência, especialmente entre o fim de abril e o início de maio, quando a cidade deve receber grande fluxo de peregrinos, delegações religiosas e imprensa internacional.

Viagens a Roma neste período exigem atenção às atualizações da agenda oficial do Vaticano, paciência diante de possíveis alterações logísticas e respeito ao contexto religioso que marca a transição do comando da Igreja Católica.

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