Voepass solicita recuperação judicial: entenda situação da empresa

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O trágico acidente da Voepass trouxe inúmeros desdobramentos para a empresa, culminando com pedido de recuperação judicial (Eric Ribeiro/M&E)

A Voepass protocolou um pedido de recuperação judicial na noite desta terça-feira (22), dias após ter suas operações suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Esta é a segunda vez, em sua trajetória recente, que a empresa aérea recorre a esse tipo de recurso jurídico.

A decisão ocorre em meio a uma grave crise financeira que se intensificou após o trágico acidente aéreo em Vinhedo (SP), em agosto de 2024, que resultou na morte de 62 pessoas. Além disso, a ruptura de um acordo de codeshare com a Latam – que chegou a responder por 93% do faturamento da companhia – contribuiu significativamente para o colapso das finanças da empresa.

De acordo com o pedido apresentado à Justiça, a Voepass acumula dívidas da ordem de R$ 400 milhões. A Anac já havia identificado, em março, uma série de falhas operacionais e problemas relacionados à segurança, o que motivou a paralisação das atividades da companhia.

Antes de recorrer à recuperação judicial, a empresa havia anunciado uma reestruturação financeira em fevereiro e conseguiu, temporariamente, suspender ações de credores e evitar a apreensão de aeronaves. No entanto, sem a autorização necessária para retomar seus voos, a companhia começou a desligar parte de sua equipe neste mês – o número exato de demissões não foi divulgado.

NOTA OFICIAL

Em nota oficial, a Voepass afirmou que o pedido de recuperação faz parte de um plano mais amplo de reorganização econômica. A companhia destaca que a medida visa preservar a continuidade da operação e garantir os compromissos assumidos com clientes, colaboradores e fornecedores.

A empresa também esclareceu que, se a Justiça aceitar o pedido, todos os passivos serão congelados e renegociados por meio de um plano de reestruturação. A Voepass ressaltou ainda que os processos indenizatórios relacionados ao acidente aéreo de 2024 seguem tramitando separadamente, conduzidos pela seguradora responsável.

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