Moraes mantém prisão de hacker por invasão ao sistema do CNJ

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes manteve, nesta quarta-feira (23/4) a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti Neto por invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Delgatti é réu no caso juntamente com a deputada Carla Zambelli (PL-SP). Eles respondem por invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica. A deputada nega envolvimento na invasão.

A denúncia do Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ambos foi aceita pela Primeira Turma ainda em 2024.

O caso será analisado em plenário virtual, com início em 9 de maio e previsão para terminar no dia 16 de maio.

Segundo a denúncia da PGR, Carla Zambelli foi responsável por comandar a invasão de sistemas utilizados pelo Judiciário com o intuito de adulterar informações oficiais. Enquanto Delgatti teria sido o responsável pela realização do crime entre agosto de 2022 e janeiro de 2023.

Já Delgatti, sob o comando de Zambelli, entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, “invadiu dispositivos informáticos utilizados pelo Poder Judiciário, com o fim de adulterar informações, sem autorização expressa ou tácita de quem de direito”.

Segundo a PGR, Zambelli e o hacker teriam invadidos sistemas do Poder Judiciário e supostamente inseriram nas plataformas 16 documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes seguido pela ordem de quebra de sigilo bancário e bloqueio de bens do ministro.

De acordo a denúncia, ambos queriam “adulterar dados, tudo no intuito de prejudicar a administração do Judiciário, da Justiça e da credibilidade das instituições e gerar, com isso, vantagens de ordem política para a denunciada”.

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