Presidente do INSS pede demissão após operação da PF que apura fraude de R$ 6,3 bi

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, pediu demissão nesta quarta-feira (23) após ser alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga um suposto esquema de fraude de R$ 6,3 bilhões envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A saída ocorre horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter determinado sua exoneração.

A decisão de Stefanutto foi comunicada a aliados. Segundo ele, o foco agora será a própria defesa. O ex-presidente do INSS também afirmou que foi o responsável por iniciar, ainda no ano passado, a apuração interna sobre os descontos não autorizados em benefícios pagos a segurados.

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Pela manhã, a Polícia Federal esteve no apartamento funcional de Stefanutto, onde apreendeu seu celular pessoal — o ex-dirigente não utilizava aparelho funcional.

Servidor de carreira e ex-procurador-geral do INSS, Stefanutto estava à frente do instituto desde julho de 2023. Sua indicação foi feita pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que também se pronunciou nesta quarta, assumindo responsabilidade pela escolha do nome.

Batizada de Operação Sem Desconto, a ação da PF mira um esquema nacional de cobrança irregular de entidades contra beneficiários do INSS. A investigação aponta que, entre 2019 e 2024, aposentados e pensionistas tiveram R$ 6,3 bilhões descontados sem autorização, em um período que atravessa os governos de Jair Bolsonaro e Lula.

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