Quem é Alessandro Stefanutto, presidente afastado do INSS em operação

Servidor de carreira do órgão, Alessandro Stefanutto assumiu a presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em julho de 2023, no primeiro ano do governo Lula 3. Ele foi afastado do cargo nesta quarta-feira (23/4), após ser alvo de operação da Polícia Federal (PF) contra supostas fraudes para desvio de aposentadorias por meio de descontos não autorizados pelos beneficiários. O esquema foi revelado pelo Metrópoles.

Stefanutto tem 54 anos e assumiu a presidência do INSS aos 52, com 24 anos de carreira no órgão. Antes de chegar ao topo da autarquia, ele foi procurador federal e diretor de Orçamento, Finanças e Logística.

Também participou da equipe de transição entre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social

Brasília (DF), 17/12/2024. Flávia Said, entrevista Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
Alessandro Stefanutto, presidente do INSS
Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Brasília (DF), 17/12/2024. KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES
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Alessandro Stefanutto, presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Brasília (DF), 17/12/2024. KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES

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O ex-presidente do INSS é natural de São Paulo (SP) e se formou em direito pela Universidade de Mackenzie. Ele também tem passagem pelo serviço militar, na Marinha, e trabalhou na Receita Federal. Na política, é filiado ao PSB, mas chegou à presidência do Instituto por meio do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, do PDT.

O PSB reconheceu a filiação de Stefanutto, mas afirmou que a chegada ao topo do INSS não tem relação com a sigla. “Não é indicação do partido, embora seja seu filiado. O PSB manifesta seu total apoio à apuração dos fatos, com a expectativa de que, respeitados o devido processo legal e o amplo direito de defesa, as denúncias sejam plenamente esclarecidas”, comentou o partido em nota.

O ministro da Previdência assumiu a indicação. “É de minha inteira responsabilidade. Vamos esperar as investigações. Há a decisão do afastamento, e decisão se cumpre. Vamos garantir o amplo direito de defesa. (…) Queremos proteger nossos aposentados e pensionistas, e temos esse ato de investigação, tem a inteligência da Previdência”, comentou Lupi.

A operação deflagrada nesta quarta apontou descontos indevidos nos pagamentos de aposentados entre 2019 e 2024, que somariam mais de R$ 6 bilhões. “Fraude contra os aposentados, vítimas fáceis desses criminosos que se apropriaram das pensões de aposentadorias”, descreveu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.  “A PF foi acionada no começo deste ano para investigar”, completou.

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