UPAs de Novo Hamburgo têm movimento intenso nesta quarta-feira; entenda o motivo

Médicos terceirizados que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Novo Hamburgo, alegam estar desde fevereiro sem receber salários. A empresa responsável pelas contratações, a AML Gestão em Saúde, explica que o pagamento não foi feito pela Fundação Municipal de Saúde de Novo Hamburgo (FSNH).

UPA Canudos na noite de quarta-feira, 23 de abril  | abc+



UPA Canudos na noite de quarta-feira, 23 de abril

Foto: Juliano Piasentin/ GES-Especial

O débito com os profissionais seria de aproximadamente R$ 200 mil. Como os valores não haviam sido quitados até a noite desta quarta-feira (23), os médicos anunciaram uma paralisação até que a situação seja resolvida.

No entanto, de acordo com a Fundação, até as 20h30, nenhum profissional de saúde terceirizado havia aderido ao movimento na UPA Canudos. Ainda assim, o movimento era intenso na unidade de saúde. Segundo a FSNH, eram cinco médicos, quatro clínicos gerais e dois pediatras.

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Entretanto, pacientes chegavam a aguardar seis horas pelo atendimento. Como foi o caso de Adelor Pereira, 74 anos. O aposentado chegou ao local às 14 horas. “Vim trazer minha esposa, ela foi atendida às 20 horas.”

O tempo de espera foi tanto, que o neto do casal precisou ir até a UPA revezar com o avô. “Ela vai precisar receber medicamentos e fazer exames, então vai demorar mais.”

Tiago Batista, 24 anos, também levou cerca de seis horas para ser atendido. “Cheguei às 14h20 e só fui atendido às 20 horas.” O atendimento na sala do doutor acabou sendo rápido, cerca de 15 minutos. “O médico é bom, resolveu o problema.”

Quem não teve a mesma sorte foi Maria Moreira, 28 anos. A jovem está com uma infecção na garganta há três semanas. “Cheguei 15 horas e ainda não fui atendida [até 20h30]. A triagem foi rápida, mas eles avisaram que poderia demorar quatro horas, já passou disso”, completa.

UPA Centro

Enquanto isso, na UPA Centro, o movimento também era intenso. Por volta das 21h15, muitas pessoas esperavam ao lado de fora.

Alanis Serran’t, 46 anos, chegou às 18 horas e não havia sido atendida até as 21h15. “É muito tempo, estão insistindo em chamar pessoas que já foram embora.”

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UPA Centro na noite de quarta-feira, 23 de abril

Foto: Juliano Piasentin/ GES-Especial

Conforme a FSNH, a equipe estava completa na noite desta quarta-feira. Com três clínicos gerais e um pediatra. “É estranho, demoram muito, não sei o que está acontecendo”, diz Alanis.

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Roseli do Rosário, 45 anos, chegou pouco depois das 18 horas e após às 21 horas, seguia aguardando. “Ontem trouxe meu filho e também estava cheio.”

Sintomas de dengue

Conforme a Fundação de Saúde, apesar de equipes completas, muitos pacientes procuravam atendimento por conta de sintomas relacionados a dengue. Sobre a paralisação dos médicos terceirizados, a FSNH reiterou não ter sido informada quanto ao comparecimento na quinta-feira (24).

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