Vídeo: sobrinho de caseiro devorado por onça diz que “ela amansou ele”

O sobrinho de Jorge Avalo, de 60 anos, que foi  devorado por uma onça na noite desse domingo (20/4), na região conhecida como Touro Morto, no Pantanal, Mato Grosso do Sul, conta que o animal já vinha monitorando o tio e que ele facilitou o ataque.

“Ela já monitorava ele, ela vivia rondando o pesqueiro e ele facilitava. No fim, o que aconteceu? Ela que amansou ele. Na verdade, a onça que amansou meu tio. Ele descuidou, não deu muita atenção. Achava que ela só ia andar ali à noite, na hora que ele estava dentro da casa. Ele acabou ficando tranquilo sobre isso, mas, o que acontece: ela foi esperta”, disse o sobrinho.

Veja o vídeo

 

O sobrinho de “Jorginho”, como o pesqueiro era conhecido, revelou que a onça “acompanhava a rotina dele, fica por ali, as câmeras do pesqueiro, às vezes, filmavam ela de dia, andando na beira da água, deitada, e ela começou a acompanhar a rotina dele.”

“E qual era rotina dele: ele levantava por volta das 5:30 da manhã, ia para cozinha, fazia o café dele, deixava clarear mais um pouco e lá pelas dez para as 6h ele ia té os barcos ver como estavam e, nesse dia, acabou acontecendo a fatalidade: ela ficou escondida e atacou ele”, conta o sobrinho.

Os restos mortais de Jorginho foram encontrados na manhã desta terça-feira (22/4). Segundo autoridades, as buscas, que contaram com o apoio de moradores, pescadores, equipes da Polícia Militar Ambiental e da Polícia Civil, concentraram-se em uma área de mata fechada nas proximidades do Rio Aquidauana.

Durante as buscas pelo corpo, a onça que matou o caseiro retornou ao local onde os restos mortais da vítima foram encontrados e tentou esconder o corpo novamente.

De acordo com informações registradas em um vídeo gravado durante as buscas, os restos mortais de Jorginho foram localizados com o auxílio de trilhas deixadas pela onça ao longo da mata. O corpo da vítima havia sido arrastado pela onça por mais de 50 metros quando os agentes chegaram ao local. A situação se agravou quando o animal, ao ser surpreendido pelos policiais e por populares, avançou contra o grupo e feriu um dos homens.

A Polícia Militar Ambiental (PMA) investiga se a escassez de alimentos na região pantaneira e um possível comportamento defensivo motivaram o ataque fatal da onça-pintada que matou Jorge.

A perícia técnica confirmou sinais compatíveis com um ataque de onça-pintada.

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