Asa Norte: mãe que matou filha com cabo de computador vai a júri

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu que a mulher acusada de matar a própria filha com um cabo de computador será levada a júri popular. Jacivânia dos Santos Silva teria matado a filha, de 26 anos, asfixiada após dopá-la com remédios. O crime ocorreu em um apartamento na Quadra 316 da Asa Norte, em 2023.

Segundo o processo, a família era composta por Jacivânia, a vítima, um menino de 4 anos — filho da vítima e neto de Jacivânia — e o pai da vítima — um homem que havia sido eleito superintendente da Igreja Nacional de Deus no Brasil.

Na data do crime, a vítima, pessoa portadora de transtorno de bipolaridade, teve um surto psicótico durante passeio no shopping na companhia do filho e da mãe. Após todos retornarem ao apartamento, Jacivânia teria misturado medicamentos de uso controlado com suco e o ofereceu à filha, sem o conhecimento dela. A jovem caiu no sono após tomar o coquetel.

Enquanto a filha dormia, a acusada, utilizando um cabo de computador, a estrangulou. “O crime foi praticado com meio cruel, consistente na asfixia por constrição cervical (estrangulamento), com a utilização de um cabo de computador; com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima; contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, envolvendo violência doméstica e familiar”, considerou a Justiça. O filho da jovem e neto da mulher teria presenciado tudo.


Relembre o crime

  • O crime ocorreu em maio de 2023, em um apartamento na Asa Norte, área nobre de Brasília;
  • Jacivânia matou a própria filha, uma jovem de 26 anos;
  • Ela teria dopado a jovem com remédios de uso controlado. Depois, a asfixiado com um cabo de computador;
  • O filho da vítima, um menino de 4 anos, teria visto o crime.

Comparsa

Depois de cometer o crime, Jacivânia teria acionado o segundo secretário na Igreja de Deus no Brasil e pediu que ele comparecesse ao apartamento “com urgência”.

Para o homem, a acusada teria confessado que matara a filha. O secretário, “temendo a repercussão negativa do homicídio na Igreja de Deus, antes de acionar a PMDF, simulou arrombamento na porta do quarto da vítima, para caracterizar um quadro de suicídio”, detalha o processo. Além disso, ajudou a mulher a fugir e esconder-se.

Ele se tornou réu por fraude processual e favorecimento pessoal. Jacivânia está presa desde 2023 e responde por homicídio e pela Lei Maria da Penha.

 

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