Cassinos e jogo do bicho: 60% são a favor da legalização, diz pesquisa

Uma pesquisa feita pelo Instituto DataSenado indica que 60% da população é a favor da legalização e fiscalização de cassinos, jogo do bicho e bingo. No levantamento, 34% se posicionaram contra a proposta e 6% disseram não saber ou preferiram não responder.

O levantamento foi realizado pelo instituto do Senado Federal a pedido do senador Irajá (PSD-TO), relator do Projeto de Lei nº 2.234/2022, já aprovado na Câmara dos Deputados. O PL autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, além de legalizar jogo do bicho e permitir apostas em cavalos.

Para 29% dos entrevistados, a a proibição atual não reduz em nada a oferta dos bingos, cassinos e jogo do bicho, enquanto 25% acham que o fato de a atividade ser ilegal impacta em muito na diminuição da oferta.

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a necessidade de criar regras para evitar que empresas de jogos e cassinos sejam usadas para lavagem de dinheiro e financiamento do crime organizado. Nesse caso, 65% opinaram que é muito importante definir essas normas e 17% acham importante. Outros 12% acreditam que não há relevância.

A maioria, 62%, se posicionou a favor da fiscalização para garantir que as máquinas caça-níqueis disponíveis em cassinos sejam “honestas” e informem as regras claramente. Outros 24% disseram que não faria diferença e 10% acreditam que a proposta é negativa.

A pesquisa foi feita entre os dias 21 de fevereiro e 1º de março, com 5.039 brasileiros com 16 anos ou mais, que foram ouvidos por telefone. A margem de erro é de 1,72 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

O relator da proposta, senador Irajá, afirmou que a discussão do PL será feita com “responsabilidade” e defendeu o projeto de lei. “A pesquisa, feita por um instituto técnico e respeitado como o DataSenado, confirma com dados concretos que a maioria dos brasileiros apoia a regulamentação dos jogos responsáveis e resorts integrados”, afirmou.

Tramitação

Em 2024, o Senado adiou a votação do projeto de lei que trata da autorização de funcionamento de cassinos, bingos e jogo do bicho.

A Casa decidiu deixar a discussão para depois em razão do pedido de informações ao Ministério da Saúde e do Ministério do Desenvolvimento. O senador Flávio Arns (PSB-PR) solicitou “dados de projeção dos efeitos específicos da proposta sobre os serviços de médicos psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais da rede pública para o tratamento dos problemas de dependência em jogos de azar”.

Segundo a proposta, São Paulo poderá ter até três cassinos, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará poderiam ter até dois. Os demais estados e o Distrito Federal seriam autorizados a ter um estabelecimento do tipo.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.