Funeral do papa Francisco: veja o dress code seguido por autoridades

A morte do papa Francisco se tornou um dos grandes momentos históricos de 2025, e milhares de fiéis e turistas passam pela Praça de São Pedro, no Vaticano, para dar o último adeus ao argentino. O funeral, marcado para o próximo sábado (26/4), contará com a presença de figuras importantes de todo o mundo, incluindo políticos brasileiros e membros de casas reais europeias. A tradição milenar da Igreja Católica carrega protocolos para a ocasião, inclusive no que diz respeito ao vestuário.

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O então presidente dos EUA, George W. Bush, acompanhado da primeira-dama e de ex-presidentes no funeral do papa João Paulo II, em 2005 - metrópoles
O então presidente dos EUA, George W. Bush, acompanhado da primeira-dama e de ex-presidentes no funeral do papa João Paulo II, em 2005

Sobriedade e luto

Após 12 anos como pontífice, Jorge Mario Bergoglio, nome de batismo de papa Francisco, faleceu na madrugada da segunda-feira (21/4). A pedido do mesmo, seu funeral acontecerá na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, sendo o primeiro chefe da Igreja Católica a ser enterrado fora do Vaticano em mais de um século.

Com a aproximação da cerimônia, prevista para o sábado (26/4), delegações de diferentes países se preparam para viajar à capital italiana. O Brasil já confirmou a presença de diferentes representantes, como o presidente, Luís Inácio Lula da Silva; a primeira-dama, Janja; e os presidentes Hugo Motta, da Câmara; Davi Alcolumbre, do Senado; e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula, papa Francisco e a primeira-dama, Janja
Lula, papa Francisco e a primeira-dama, Janja

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também comparecerá, acompanhado da primeira-dama, Melania Trump, assim como chefes de Estados como da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; e da França, Emmanuel Macron.

As roupas usadas no funeral devem seguir uma ordem, respeitando o luto da Igreja. Para os presentes em geral (incluindo os políticos e chefes de Estados), a Santa Sé não impôs trajes exclusivos. No entanto, é exigida sobriedade. São recomendadas cores escuras, com o preto como cor principal, embora não seja obrigatório.

donald trump no vaticano - metrópoles
Donald e Melania Trump confirmaram presença na cerimônia

Protocolo para a realeza

Para realezas, como o príncipe William — que representará o monarca da Inglaterra —, e os espanhóis Rei Felipe e rainha Letícia, o protocolo é mais rigoroso. No funeral do papa Francisco, as mulheres devem usar vestidos pretos longos com mangas compridas e sem adornos. Adicionalmente, considera-se o uso de uma mantilha preta com pente para rainhas católicas. Outras opções incluem véus ou toucados que cubram a cabeça.

O calçado também deve ser sóbrio: fechado, de salto baixo e sem elementos chamativos. Quanto às joias, é solicitado que sejam discretas, evitando peças brilhantes que possam ser vistas como desrespeitosas.

rei charles em cerimônia pela morte do papa joão paulo ii - metrópoles
Rei Charles III, da Inglaterra, na ocasião da morte do papa João Paulo II. Neste ano, o monarca será representado pelo filho, o príncipe William

O “privilégio do branco”

Existe no Vaticano o “privilégio do branco”, uma permissão especial que permite a rainhas católicas — como as de Espanha, Bélgica, Luxemburgo e a Princesa de Mônaco — vestir branco em encontros com o papa. No entanto, o consenso é de que o uso no contexto do funeral seria inadequado. Embora tecnicamente permitido, espera-se que as monarcas renunciem a este privilégio por respeito à solenidade do evento.

rainha Sofia da Espanha, rei Philippe e rainha Mathilde da Bélgica, primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni no funeral do Papa Bento XVI - metrópoles
Em 2005, com a morte do papa João Paulo II, as rainhas Sofia da Espanha e Matilde da Bélgica abriram mão do privilégio de vestirem branco no Vaticano

A cerimônia de despedida ao pontífice argentino, cuja figura deixou uma marca na história da Igreja, será realizada em Roma. Por enquanto, o corpo do papa Francisco passa por velório aberto ao público na Basílica de São Pedro, onde já passaram mais de 60 mil pessoas até a manhã desta quinta-feira (24/4), segundo a imprensa do Vaticano.

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