Morto com 10 facadas, acusado de assassinar Bruna era usuário de droga

São Paulo — Encontrado morto com sinais de tortura na manhã desta quinta-feira (24/4), o homem suspeito de assassinar a estudante da USP Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, era usuário de drogas e frequentava uma pequena Cracolândia da zona leste da capital, conhecida como “Prainha”, localizada a poucos metros de onde o corpo da jovem foi encontrada.

Esteliano José Madureira, de 43 anos, era conhecido na região como “Cachorro” e “Mineiro”. De acordo com a decisão que decretou o mandado de prisão, ele prestava serviços informais na estação do metrô Itaquera e coletava materiais recicláveis.

Uma testemunha ouvida pela polícia afirmou que Esteliano era “um homem disposto a trabalhar” e que, “por ser usuário de drogas”, passava “diversos dias utilizando a mesma roupa e andando para lá e para cá”.

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Corpo de Esteliano foi encontrado na Avenida Morumbi

Foto de Esteliano José Madureira divulgada pela SSP
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SSP confirmou que homem morto é suspeito de ter matado Bruna

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Corpo de Esteliano foi encontrado na Avenida Morumbi

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Foto de Esteliano José Madureira divulgada pela SSP

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Para a polícia, o fato de o suspeito conhecer bem a região ajuda a entender a dinâmica do crime. Ele entrou no estacionamento onde o crime teria sido cometido por uma entrada localizada nos fundos do estabelecimento. Além disso, deixou o corpo em uma área de difícil acesso.

Esteliano foi identificado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por meio de uma câmera de segurança instalada em frente à UPA Itaquera. Nas imagens, foi possível ver um homem com características físicas e roupas semelhantes às usadas pelo suspeito que aparece em outras imagens, se aproximando de Bruna Oliveira, na Avenida Sport Clube Corinthians Paulista.

10 facadas

O corpo de Esteliano José Madureira foi encontrado na manhã desta quinta-feira (24/4) na região do Morumbi, a mais de 30 quilômetros de onde Bruna Oliveira teria sido morta. Havia pelo menos 10 marcas de facada e perfurações na região anal. O homem ainda foi baleado na nuca.

O corpo estava com as pernas atadas e em posição fetal enrolado em uma lona azul, que estava amarrada por um um cobertor cinza.

Ele foi encontrado por funcionários de uma obra da região por volta de 12h, que estranharam a lona que havia sido deixada no meio da via. Ao verificar que era um cadáver, os funcionários acionaram a polícia, que chegou no local por volta das 21h17 dessa quarta-feira.

Perseguição

Câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem segue e aborda Bruna Oliveira da Silva em uma avenida na zona leste da capital. Veja:

Na última quinta-feira (17/4), Bruna foi encontrada nos fundos de um estacionamento, na Avenida Miguel Ignácio Curi, região da Vila Carmosina, na zona leste de São Paulo. A mestranda da USP estava desaparecida desde 13 de abril e havia sido vista pela última vez no terminal de ônibus da estação de metrô Corinthians-Itaquera.

Relembre o caso

  • Bruna desapareceu no trajeto entre a estação Corinthians-Itaquera do metrô e casa onde morava com os pais, na zona leste.
  • Ela voltava da casa do namorado, no Butantã, zona oeste.
  • No terminal da estação Itaquera, ela precisou carregar o celular em uma banca de jornal. Nesse momento, chegou a mandar uma mensagem para o namorado pedindo dinheiro para voltar para casa por carro de aplicativo, porque já estava tarde.
  • Ele transferiu o valor, mas o celular da estudante teria descarregado e não foi mais possível ter contato com ela.
  • Conforme Karina Amorim, amiga da vítima, a última vez que ela acessou o WhatsApp foi às 22h21 do domingo (13/4).
  • A família de Bruna entrou em contato com a plataforma de carros de aplicativo, que informou que a jovem não chegou a solicitar uma corrida naquela noite.
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