Analista de desempenho de Sapiranga conquista a Copa Verde com o Paysandu

Maior campeão da Copa Verde com cinco títulos, o Paysandu conquistou o pentacampeonato da competição, que reúne clubes dos estados das regiões Centro-Oeste e Região Norte do Brasil, além do Espírito Santo, na última quarta-feira (23). E um sapiranguense faz parte dessa história: o analista de desempenho Félix Kellermann, de 32 anos.

Félix Kellermann com o troféu de campeão da Copa Verde | abc+



Félix Kellermann com o troféu de campeão da Copa Verde

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

Com passagens pelo Noia, onde iniciou na carreira, e também pelo Barra-SC, Kellermann, que chegou ao clube paraense no fim de 2024, conta da sensação de ser campeão com o time do Pará. “Conquistar um título desses, com uma camisa como a do Paysandu, um grande clube, com uma grande massa, é uma emoção única. Faz valer a pena por todos os momentos em que a gente fica fora de casa, longe da família. Muitas vezes estou longe dos meus pais, do meu avô, que tem 91 anos, da vó, do meu único irmão, de muita gente que eu amo e que me ama”, diz.

A final da Copa Verde foi realizada em duas partidas. A primeira terminou empatada sem gols, no Mangueirão, em Belém-PA. No segundo duelo, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia-GO, o time da casa abriu o placar no primeiro tempo, mas os visitantes buscaram o empate aos 49 minutos da etapa final e levaram a disputa para os pênaltis. O time paraense saiu vencedor ao fazer 5 a 4. Na volta para Belém, muita festa da torcida.

Time do Paysandu campeão da Copa Verde no Serra Dourada | abc+



Time do Paysandu campeão da Copa Verde no Serra Dourada

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

“Tivemos uma recepção muito calorosa no aeroporto. Milhares de pessoas foram acompanhando a gente até o estádio da Curuzu. E lá já tinha muita gente também. O paraense é muito caloroso nesse sentido. E a torcida do Paysandu é sensacional. Veio nos presentear com a sua presença, para poder fazer uma recepção ao seu time do coração”, detalha o analista de desempenho.

Torcida do Papão da Curuzu tomou conta das ruas de Belém | abc+



Torcida do Papão da Curuzu tomou conta das ruas de Belém

Foto: Jorge Luís Totti/Paysandu

Dois títulos, Brasileirão, Copa do Brasil e final do estadual

Esse foi o segundo título do clube nesta temporada. O time já havia conquistado a Super Copa Grão-Pará de 2025 em janeiro contra o Tuna Luso. Nesta temporada, o Paysandu ainda tem mais três competições pela frente. O time disputa o Campeonato Brasileiro Série B, a Copa do Brasil – o adversário será o Bahia nesta terceira fase, além da final do Campeonato Paraense, contra o Remo, maior rival.

“A final do Paraense é o grande clássico do norte. Já tive o privilégio de participar de um. É uma atmosfera totalmente diferente. O estádio é dividido igualmente, e as torcidas duelam em relação aos cantos, mosaicos, que são muitos conhecidos. Chegam a fazer três mosaicos numa partida”, frisa Kellermann. As finais serão realizadas nos dias 7 e 11 de maio.

O que faz um analista de desempenho

Nos últimos anos, a profissão de analista de desempenho foi ganhando importância e espaço no esporte. O profissional tem uma rotina bem diversificada, como conta Kellermann.

“É uma função muito ampla. Tem, por exemplo, a análise do adversário, onde analisamos jogador a jogador, possível escalação, possíveis substituições, coletivamente todos os momentos da partida que essa equipe faz, como ela se comporta defensivamente e ofensivamente, padrões de bolas paradas, identificamos pontos fracos e fortes, e isso deixa a ligação com o nosso treinador muito forte, pois ajuda na estratégia do nosso jogo”, inicia o sapiranguense, que agora conta sobre o trabalho realizado com a sua equipe.

“Além do adversário, fazemos relatórios dos nossos treinos, o pós-partida, de forma individual e coletiva, de forma quantitativa e qualitativa, onde sinalizamos não só questões físicas, mas a quantidade de duelos, ações bem sucedidas, faltas, interceptações… é um trabalho muito amplo e de muitos detalhes”, completa o profissional, que trabalha ao lado de Felipe Garcia e Henrique Bittencourt. O treinador do time é Luizinho Lopes.

Após permissão da Federação Paraense de Futebol (FPF), o analista pode ficar na casamata próximo ao treinador durante a partida. No caso do Papão da Curuzu, dois profissionais ficam na cabine, na parte alta do estádio, fazendo as análises e interpretações e enviando para o colega que está no banco de reservas. Com isso, o técnico tem acesso às informações quase que instantaneamente em imagens.

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