“Caixinha da facção”: grupo exigia pagamento sobre venda de água

Uma facção que extorquia comerciantes de General Carneiro (MT), com cobranças ilegais sobre cada unidade de galão de água mineral que era vendida na região, foi alvo de operação da Polícia Civil de Mato Grosso nesta sexta-feira (25/4).

Denominados de “caixinha”, os pagamentos ilícitos eram exigidos pelos faccionados, que também tentavam impor a aquisição compulsória de produtos fornecidos por empresas vinculadas ao grupo criminoso, mediante uso de ameaças, coação e violência.

Na operação “Orcrim 66”, foram cumpridos 17 mandados judiciais, sendo três de prisão preventiva, sete de busca e apreensão domiciliar e outros sete medidas cautelares de quebra de sigilo bancário, expedidos pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.

Participaram do trabalho operacional 40 policiais civis, coordenados pelos delegados Nelder Martins Pereira e Pablo Borges Rigo, para cumprimento dos mandados judiciais em diferentes endereços.

A Polícia Civil declarou que além da responsabilização penal dos envolvidos, a ação visa o fortalecimento da segurança pública local e a garantia de que a população de General Carneiro possa exercer livremente as atividades comerciais sem o domínio ou interferência de facções criminosas.

Entre os fatos descobertos pela polícia, chamou a atenção um episódio de incêndio criminoso em estabelecimento comercial, ocorrido após a recusa do proprietário em pagar a quantia exigida pelos criminosos, bem como a realização de videochamadas durante as extorsões, em que indivíduos armados apareciam para intimidar as vítimas.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de extorsão qualificada e organização criminosa.

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A operação

O nome da operação faz referência ao quilômetro 66 da Rodovia BR-070, onde está situada a cidade de General Carneiro e onde se concentram as ações do grupo criminoso.

A operação integra as ações de planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso para combate à atuação das facções criminosas, por meio da Operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero contra as Facções Criminosas, do Governo do Estado. Também compõe os trabalhos da Segunda fase da Operação Renorcrim, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Diretoria de Inteligência e Operações Integradas (DIOPI), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).

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