Calçamento continua sendo um obstáculo em Novo Hamburgo

O calçamento das ruas avançou no Brasil entre 2010 e 2022, mas a presença de obstáculos como buracos e desníveis perto das residências ainda é um problema que afeta oito em cada dez brasileiros, segundo dados do IBGE. Em Novo Hamburgo, moradores enfrentam uma série de dificuldades para conseguirem transitar nas calçadas e, em muitos casos, se obrigam a usar a faixa.

Rua Bartolomeu de Gusmão, no bairro Canudos. | abc+



Rua Bartolomeu de Gusmão, no bairro Canudos.

Foto: Paola Altneter/GES-Especial

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Na rua Bartolomeu de Gusmão, no bairro Canudos, diversos pontos estão com calçadas curtas, além de matos e lixos acumulados no pouco espaço, dessa forma impossibilitando a passagem dos pedestres pelo calçamento. Buracos e desníveis também são problemas para a acessibilidade e o fluxo dos habitantes.

Uma moradora, que preferiu não se identificar, relatou que devido ao estreitamento da calçada, não consegue transitar, e na altura da rua que ela passa para ir ao mercado e farmácia muitos carros estacionam, até mesmo na faixa amarela, então ela precisa andar quase no meio da via, próximo aos carros em movimento. Além disso, a dona de casa informa que procura ir nos estabelecimentos fora dos horários de pico, para evitar os perigos de transitar nessa rua.

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No bairro Rondônia, a moradora Sandra Maria Pereira da Silva (54) contou que passar pela rua rua Dr. João Daniel Hillebrand no fim da tarde é um desafio, pois há pontos que a calçada está coberta de mato e lixo, além do alto fluxo de trânsito. “Aqui está bem perigoso, principalmente para as crianças, porque tem criança que vem sozinha da escola. Eu mesma tenho medo de atravessar aqui final da tarde”, ressalta.

Além desses locais, a reportagem identificou buracos, desníveis e volume alto de mato nas ruas México, no bairro Santo Afonso, 1º de março, no bairro Industrial, 03 de outubro, no bairro Ideal e Engenheiro Jorge Schury, no bairro São José.

Cai proporção de brasileiros que vivem em ruas sem calçada

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na pesquisa Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, mostra que entre os censos de 2010 e 2022, caiu praticamente à metade a proporção de brasileiros que viviam em locais sem calçadas. Em 2010, eram 32,7% dos habitantes, patamar que diminuiu para 15,7% em 2022. Esse número representa 27,3 milhões de brasileiros.

Ao mesmo tempo em que o levantamento mostra que 84% dos brasileiros residem em vias com calçadas, apenas 18,8% dos moradores têm endereços em vias com calçadas livres de obstáculos, como buracos, desníveis, entradas para estacionamento irregulares ou calçadas quebradas. Na publicação, o IBGE observa que a importância das calçadas vai além da simples função de circulação de pedestres.

“Calçadas bem cuidadas valorizam os imóveis e o espaço urbano como um todo, elas podem ser usadas para paisagismo, áreas de descanso, arte urbana e mobiliário público, tornando a cidade mais atraente, além de promoverem modos de transporte mais sustentáveis, como a caminhada, ajudando a reduzir a poluição e o congestionamento urbano”, descreve o instituto.

*Com informações de Agência Brasil.

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