Presidente da Colômbia diz que teve visto para os EUA revogado pelo governo Trump

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Gustavo Petro, presidente da Colombia (Reprodução/Instagram Gustavo Petro)

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que teve seu visto de entrada nos Estados Unidos revogado pelo governo de Donald Trump. A declaração foi feita durante uma reunião de gabinete na Casa de Nariño, sede do governo colombiano.

“Não posso mais ir porque acho que tiraram meu visto. Eu não precisaria de visto, mas tudo bem. Já vi o Pato Donald várias vezes, então vou ver outras coisas”, disse o presidente, em tom irônico.

Petro tocou no assunto ao comentar a viagem do ministro das Finanças, Germán Ávila, a Washington, onde participa das reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

Antes disso, ele havia elogiado uma recente decisão da Suprema Corte dos EUA que suspendeu a deportação de venezuelanos até nova ordem. Sem citar diretamente a decisão, disse: “Tenho que agradecer a um tribunal de justiça que pertence aos Estados Unidos, sua Suprema Corte, que defendeu a humanidade, a democracia e os fundamentos da República contra as teses jurídicas de Hitler e Mussolini.”

Petro e o governo Trump já haviam protagonizado outros embates públicos em torno da questão migratória. O mais recente ocorreu após uma entrevista da secretária de Segurança Interna dos EUA, Kristi Noem, à emissora Newsmax. Segundo ela, durante um encontro em Bogotá, Petro teria dito que membros do Tren de Aragua eram “incompreendidos” e que alguns integrantes de cartéis seriam seus amigos.

O presidente colombiano negou as declarações e atribuiu a fala a um possível erro de tradução. Explicou que, ao ser perguntado sobre o grupo, afirmou que muitos de seus membros na Colômbia eram jovens afetados por migração forçada.

Desde que assumiu a presidência, em 2022, Petro viajou várias vezes aos Estados Unidos, incluindo participações na Assembleia Geral da ONU e encontros com o então presidente Joe Biden.

Se a revogação do visto for confirmada, ele será o segundo presidente colombiano em exercício a passar por isso. O primeiro foi Ernesto Samper, em 1996, por suspeitas de financiamento de campanha com dinheiro do narcotráfico.

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