TJSP nega liminar e mantém preso motorista que matou estudantes em SP

São Paulo — O Tribunal Justiça de São Paulo (TJSP) negou nesta sexta-feira (25/4) uma liminar que pedia a soltura de Brendo dos Santos Sampaio, motorista que atropelou e matou duas estudantes em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.

Segundo a decisão, os advogados do motorista pediram um habeas corpus para o cliente e requereram na liminar para que o motorista aguarde a decisão sobre o pedido em liberdade. A liminar foi negada.

Ao Metrópoles, um dos advogados de Brendo classificou a decisão como “monocrática” e afirmou que o julgamento do mérito do habeas corpus ainda não tem data para acontecer.

Brendo foi preso em flagrante no dia 10 de abril por ter atropelado Isabela Regis e Isabelli Helena de Lima Costa, ambas de 18 anos, na noite anterior. Elas atravessavam na faixa de pedestre no momento em que foram atropeladas pelo carro que vinha em alta velocidade.

Os peritos perceberam que os corpos estavam “bem distantes” do ponto do atropelamento. Um deles estava a 52 metros para frente, enquanto o outro se encontrava a 47 metros da faixa de pedestre. O carro envolvido no acidente parou 70 metros para frente. De acordo com a polícia, esses indícios apontam que o veículo estaria em 120 km/h.

Câmeras de monitoramento flagraram o momento do atropelamento. Pelas imagens, é possível ver as jovens atravessando na faixa, enquanto o farol ainda está fechado para os pedestres. De repente, o veículo — de modelo Civic — aparece e atinge as vítimas, que são arremessadas.

 


Suspeita de racha

  • De acordo com o boletim de ocorrência, uma testemunha ouvida pela polícia apontou que Brendo participava de um “possível racha” quando atropelou as duas jovens.
  • O depoente informou que passava pela Avenida Goiás quando foi ultrapassado, “em altíssima velocidade”, pelo carro que atropelou as vítimas, um Honda Civic. Na sequência, a testemunha contou que, enquanto estava parado no semáforo, o mesmo veículo se alinhou ao seu lado e, assim que o farol abriu, “arrancou bruscamente, emitindo ruído de pneu em aceleração”.
  • Ainda na ação, o Civic emparelhou-se com outro veículo, um Ônix branco. Ambos os automóveis passaram, então, a trafegar paralelamente em alta velocidade, “aparentando estarem realizando um racha”.
  • A testemunha conta que, ao seguir na via, percebeu o acidente, parou o carro e contou aos policiais que isolavam a área o que tinha presenciado anteriormente.

 

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