Turismo internacional em pauta: especialista português defende integração entre academia, mercado e governo

Palestra com professor Carlos Costa (Fecomércio RJ/Divulgação)

O turismo precisa deixar de ser tratado como apêndice de governo e ganhar status de política de Estado. A defesa é do professor Carlos Costa, da Universidade de Aveiro, em Portugal, um dos principais nomes da gestão e planejamento turístico na Europa. Em passagem pelo Rio de Janeiro, o especialista participou de um encontro na sede da Abav-RJ, no Centro, nesta sexta-feira (25), onde apresentou a palestra “Novas Estratégias para Promoção do Turismo Internacional”.

Ao lado de nomes como Otavio Leite, consultor da Presidência da Fecomércio RJ, e Luiz Strauss, diretor do Visit Rio, o professor reforçou a importância de articulações inteligentes entre o setor público, a iniciativa privada e a academia na construção de políticas eficazes de longo prazo.

“Turismo precisa de gente interessada em pensar o setor. É uma atividade estratégica para o desenvolvimento econômico e social. Não dá mais para depender só de improviso e marketing”, disse Carlos, que compartilhou experiências de projetos europeus bem-sucedidos, voltados à sustentabilidade e à valorização de identidades locais.

Entre os pontos centrais da palestra, ele destacou a necessidade de modernização da governança, incentivo à inovação tecnológica e políticas fiscais mais inteligentes. Para ele, a desoneração e o estímulo à cooperação internacional podem abrir caminhos mais sólidos para o crescimento do turismo — especialmente em destinos com alto potencial, como o Brasil.

O evento, promovido por Fecomércio RJ, Visit Rio e Abav RJ, terminou com uma mensagem unânime entre os participantes: é preciso ampliar o diálogo entre universidades, governos e empresas. E que esse diálogo seja contínuo, estratégico e voltado para o futuro — algo que, na prática, o turismo brasileiro ainda tem muito a avançar.