Uma fibra que age como o Ozempic? Entenda efeitos do psyllium no controle do apetite

psyllium

A mais recente “trend” de emagrecimento nas redes sociais é sobre o psyllium, uma fibra alimentar extraída da casca das sementes da planta Plantago ovata. A fibra ganhou popularidade por ser considerada uma alternativa natural e de baixo custo aos medicamentos à base de semaglutida, como Ozempic e Wegovy.

Essa comparação se deve ao fato de que o psyllium também promove saciedade e pode ajudar na redução da ingestão calórica.

Leia mais: Mounjaro chega ao Brasil no mês que vem; confira valores de cada dose

No entanto, os mecanismos de ação são diferentes e, o mais importante: o psyllium não substitui os medicamentos indicados para o tratamento da obesidade ou diabetes.

Como funciona?

O psyllium é composto por fibras solúveis, que têm a capacidade de absorver água e formar uma substância gelatinosa no intestino. Esse processo retarda o esvaziamento gástrico, contribuindo para uma sensação prolongada de saciedade. Por conta dessa propriedade, ele é frequentemente indicado por nutricionistas em dietas voltadas para o controle do apetite e do consumo de açúcar.

Além disso, o psyllium pode auxiliar no controle glicêmico, especialmente em pessoas com pré-diabetes ou diabetes tipo 2, pois diminui a velocidade de absorção dos carboidratos e reduz a sobrecarga do pâncreas na produção de insulina.

Com a popularidade das canetas emagrecedoras, como Ozempic e Wegovy, o psyllium ganhou destaque nas redes sociais por seu efeito semelhante em relação à saciedade. No entanto, é importante ressaltar que o psyllium não contém semaglutida, o princípio ativo desses medicamentos.

A semaglutida atua diretamente em receptores do cérebro relacionados à fome e à saciedade, além de influenciar a secreção de insulina e o esvaziamento gástrico por vias hormonais, o que difere do mecanismo de ação do psyllium.

Leia mais: Ozempic é seguro, mas uso irregular preocupa, diz Novo Nordisk após decisão da Anvisa

Riscos e contraindicações

Embora o psyllium seja considerado seguro, ele não é indicado para todos. As contraindicações incluem crianças menores de seis anos, pessoas com hipersensibilidade à Plantago ovata, indivíduos com distúrbios gastrointestinais ou dificuldades no controle do diabetes. Nesses casos, o consumo deve ser evitado sem orientação profissional.

Além disso, o uso da fibra exige uma boa hidratação para evitar efeitos colaterais, como constipação e desconforto abdominal. Quando consumido em excesso ou sem a ingestão adequada de água, o psyllium pode agravar quadros de intestino preso ou até causar obstruções intestinais.

Como incluir na dieta

A forma mais comum de consumo do psyllium é diluir uma colher de sopa em um copo de água, ingerindo imediatamente antes das principais refeições. Para quem prefere variar, a fibra pode ser adicionada a vitaminas de frutas, iogurtes ou até mesmo incorporada em receitas, como omeletes.

É importante destacar que, embora o psyllium seja um complemento útil na alimentação, ele não é uma solução mágica para o emagrecimento. Seu uso deve ser equilibrado e integrado a uma dieta saudável e a um controle calórico adequado.

The post Uma fibra que age como o Ozempic? Entenda efeitos do psyllium no controle do apetite appeared first on InfoMoney.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.