Márcio França se lança ao governo de SP em 2026: “Aguardo Lula”

São Paulo — O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), participou de evento neste sábado (25/4) que, na prática, funcionou como o lançamento de seu nome ao governo do estado de São Paulo.

Sem nomes da esquerda para disputar a vaga, França espera ser o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao executivo estadual.

Oficialmente, o evento deste sábado serviu para alçar o deputado estadual Caio França (PSB), filho do ministro, a presidente da sigla estadual do PSB. Mas a faixa pedindo França governador já anunciava o que estava por trás do evento.

“Olha, pré-candidato, de verdade, você tem um período, que é a partir do ano que vem. Mas o desejo de disputar a eleição eu tenho. Eu já comuniquei isso a todo mundo internamente no partido. Claro que a gente faz parte de um governo federal hoje”, diz o ministro.

O objetivo de França é ter apoio de Lula e do PT para sua empreitada. “Eu sou ministro e estou aguardando o presidente Lula, como ele enxerga o quadro. Ele ainda está fazendo os seus arranjos nacionais, mas tenho a impressão que caminha para um acordo”, disse.

O ato, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), conta com a presença dos principais nomes do partido, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o prefeito do Recife (PE), João Campos, e a deputada federal Tabata Amaral.

Imagem colorida mostra autoridades de pé no plenário da Alesp em evento do PSB - Metrópoles
Evento reuniu principais nomes do PSB na Alesp neste sábado (26/4)

Em cenário em que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tentaria a reeleição, a aposta de aliados é que França, com o vice-presidente Geraldo Alckmin como “cabo eleitoral”, seria um nome capaz de levar a disputa com Tarcísio ao segundo turno, o que ajudaria o desempenho de Lula no maior colégio eleitoral do país na corrida presidencial.

Já no cenário sem Tarcísio, que disputaria a Presidência em vez da reeleição, cresceriam as chances de França.

Em 2018, quando estava no cargo, ele perdeu a reeleição para João Doria, então no PSDB, por uma diferença inferior a 800 mil votos. Desde então, acumulou mais duas derrotas — a Prefeitura de São Paulo, em 2020, e o Senado, em 2022.

Conforme o Metrópoles revelou, deputados federais da bancada paulista do PT convidaram o ministro do Empreendedorismo para um jantar em que conversaram sobre a possibilidade dos petistas apoiarem uma eventual candidatura dele ao governo de São Paulo em 2026.

O encontro com o ministro ocorreu há cerca de um mês em Brasília. Segundo o deputado Rui Falcão (PT), um dos presentes no jantar, foi um “bate-papo analisando a conjuntura e o quadro eleitoral provável em São Paulo e no Brasil”, mas que não houve “nenhum compromisso ou deliberação”.

Neste sábado, o líder do PT na Alesp, deputado estadual Antonio Donato, participou do evento e exaltou o papel de França na chapa que levou Lula à vitória. França participou da articulação de uma frente que trouxe Geraldo Alckmin ao PSB e à vice-presidência.

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