Mel paranaense busca reconhecimento por denominação de origem

Denominação de Origem é concedida a produtos cuja qualidade ou características se devem exclusivamente ao meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos. Foto: Carina Pelegrin. ASN/PR

O mel de Capanema, no Paraná, caminha para obter o reconhecimento por denominação de origem (DO).

O pedido já foi protocolado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) e visa reforçar a identidade territorial do produto, além de valorizar seus diferenciais únicos.

Esse movimento resulta de uma parceria firmada entre a Cresol, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR – Campus Dois Vizinhos), a Associação dos Apicultores de Capanema e Região (Apic), o Sebrae/PR e a Prefeitura de Capanema.

Juntos, esses agentes apostam na valorização dos saberes locais e no potencial do mel para conquistar novos mercados.

Além disso, o mel produzido na região é facilmente reconhecido por sua coloração clara e sabor mais suave.

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Conquista da IG, entre outros benefícios, trará mais visibilidade e oportunidades para os apicultores de Capanema e região. Foto: Carina Pelegrini. ASN/PR

Pesquisa confirma origem única do mel

Desde 2022, uma pesquisa conduzida pela UTFPR analisa as características do mel. Os resultados indicam que ele possui origem polifloral, com predominância de néctar de plantas nativas como cambará e louro branco.

Essas espécies são comuns na Mata Atlântica, especialmente em áreas próximas ao Parque Nacional do Iguaçu.

Portanto, essas condições naturais influenciam diretamente o sabor, a textura e a cor do mel. Segundo os pesquisadores, isso garante ao produto uma identidade única, que pode ser reconhecida até pelo consumidor final.

Em 2021, a Apic já havia registrado a marca coletiva “Parque Iguassu”, voltada ao mel e à própolis da região.

Essa ação preparou o caminho para o atual pedido de DO, fortalecendo o vínculo entre o produto, o território e os produtores.

“O mel passará a ter ainda mais visibilidade, implicando em maior ganho para os produtores e valor agregado ao produto. Com isso, surgem novas oportunidades e crescimento”, afirma Alyne Chicocki, consultora do Sebrae/PR.

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