Virginia Giuffre: quem era mulher que acusou príncipe Andrew de abuso

Conhecida por expor o pedófilo e explorador sexual Jeffrey Epstein e por acusar o príncipe Andrew, irmão do rei Charles III, de abuso sexual, Virginia Giuffre morreu na Austrália. A informação foi confirmada por familiares na sexta-feira (25/4), segundo a rede de televisão norte-americana NBC News.

“É com o coração profundamente partido que anunciamos que Virginia faleceu ontem à noite em sua fazenda na Austrália Ocidental”, afirmou a família de Giuffre em um comunicado. “Ela perdeu a vida por suicídio, após ser vítima de abuso sexual e tráfico sexual por toda a vida”, completa a nota. “Virginia foi uma guerreira feroz na luta contra o abuso sexual e o tráfico sexual. Ela foi a luz que iluminou tantas sobreviventes”.

Os relatos prestados por Giuffre sobre o esquema de abusos de Epstein, além de abastecerem as denúncias que o levaram à prisão, também encorajaram outras vítimas a delatar mais crimes.

Investigação policial

Conforme publicado pela mídia, a polícia informou que investiga o caso. No entanto, Giuffre estava em casa e não há, até o momento, indícios de circunstâncias suspeitas.

Mãe de três filhos adolescentes, ela morava na região australiana de North Perth, localizada na cidade de Vincent. Três semanas antes da morte, a norte-americana havia postado no Instagram que sofrera um grave acidente de carro. No conteúdo divulgado na rede social, ela alegou que os médicos a deram quatro dias de vida.

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A australiana de 41 anos deu detalhes do acidente

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Virginia Giuffre com os hematomas do acidente

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Ela foi uma das vítimas do esquema de exploração sexual de Jeffrey Epstein

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Virginia acusou o príncipe Andrew de abuso sexual

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No entanto, a Força Policial da Austrália Ocidental (WAPF) salientou, em comunicado divulgado pelo site Express, ter recebido “um relato de um pequeno acidente que ocorreu entre um ônibus e um carro em Neergabby em 24 de março, logo após às 15h”. O porta-voz da instituição detalhou que não “houve feridos como resultado” da colisão.

Infância marcada por abusos

Giuffre, cujo nome de batismo era Virginia Roberts, nasceu em 1983 no estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Aos 7 anos, ela alega ter sido abusada sexualmente pela primeira vez por um amigo da família. Giuffre chegou a fugir de casa após o episódio e passou por vários lares adotivos.

No ano 2000, a norte-americana conheceu a socialite britânica Ghislaine Maxwell. Ao lado de Epstein, Ghislaine, que foi presa em 2020, comandou um esquema de pirâmide sexual de menores de idade. Era ela quem atraía as adolescentes para serem abusadas.

No caso de Giuffre, a britânica teria oferecido uma entrevista de emprego para que a jovem se tornasse massoterapeeuta — o que se transformou no início de anos de abuso, segundo relatou.

Acusações contra o príncipe Andrew

Segundo a norte-americana, depois de ser abusada por Epstein, ela chegou a ser “passada de um lado para o outro como uma bandeja de frutas” entre poderosos.

Entre eles, estaria o filho da rainha Elizabeth II e irmão do rei Charles III. De acordo com Giuffre, o príncipe Andrew chegou a abusá-la sexualmente por três vezes — o que ele nega veementemente. À época, Virginia tinha apenas 17 anos.

Em 2022, a norte-americana e o príncipe firmaram um acordo extrajudicial. Estima-se que o acordo tenha chegado à quantia de 12 milhões de libras, que equivalem a cerca de R$ 84 milhões.

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