Bebê de 2 anos é deportada dos EUA para Honduras após decisão judicial polêmica

Imagem de avião para matéria de deportação de bebê de 2 anos

Bebê de 2 anos é deportada com mãe e irmã para Honduras – Foto: Canva/ND

Uma bebê de 2 anos, nascida nos Estados Unidos, foi deportada junto com sua mãe e irmã para Honduras, na sexta-feira (24), após uma consulta de rotina com a agência federal de imigração do país, o ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos).

A decisão chamou atenção de um juiz distrital de Luisiana, nos Estados Unidos, que chegou a questionar a legalidade da deportação, pois ela ocorreu “sem nenhum processo significativo” e contra a vontade de seu pai.

Enquanto isso, o governo americano nega que a medida seja inconstitucional.

Bebê de 2 anos é deportada para Honduras

Após a mãe e as filhas ficarem sob custódia e serem deportadas, o pai da criança entrou com uma petição de emergência na quinta-feira (24) para contestar a medida.

No entanto, na sexta-feira (26), a criança, identificada pelas iniciais V.M.L., viajou com a mãe e a irmã para Honduras. Segundo os documentos jurídicos, a menina nasceu em Baton Rouge, Louisiana, em 4 de janeiro de 2023, tornando-se cidadã americana.

Dessa forma, o juiz Terry Doughty considerou que a deportação da bebê de 2 anos era inconstitucional e ilegal, ordenando a “libertação imediata” da criança pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos.

No entanto, quando a ordem de liberação foi emitida, mãe e filhas já estavam a caminho de Honduras.

Mesmo assim, o juiz tentou entrar em contato com Jenny Carolina Lopez Vilela, a mãe, para discutir o consentimento e os direitos de custódia sobre V.M.L., mas não obteve resposta.

Posicionamento do governo americano

O governo dos Estados Unidos nega qualquer ilegalidade na deportação. Em entrevista ao jornal The New York Times, os advogados do ICE afirmaram que a mãe da criança teria informado aos agentes que desejava manter a custódia da filha.

“O governo alega que tudo isso é aceitável porque a mãe deseja que a criança seja deportada com ela”, escreveu a juíza Doughty.

No entanto, a petição apresentada pelo juiz vai contra o posicionamento do governo americano. O documento afirma ainda que, após tentar entrar em contato com a mãe, o pai da menina ouviu as crianças chorando.

Além disso, o pai tentou acalmar Jenny, dizendo que “a filha deles era cidadã americana e não poderia ser deportada”.

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