Big Brother na Antártica: Bióloga de Novo Hamburgo participará de estudo comportamental no continente polar

O confinamento, se adaptar e relacionar-se em grupo em um ambiente hostil são práticas comuns em reality shows como o Big Brother. O que não se espera, é que isso tudo possa fazer parte de um importante estudo sobre comportamento, na Antártica. 

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Esse é um projeto pioneiro, liderado por pesquisadoras de Santa Catarina, com participação de brasileiros e de moradores de outros países. O objetivo é justamente avaliar fatores psicológicos daqueles que ficam isolados em ambientes extremos. A bióloga hamburguense Ana Carolina Pont estará na equipe da temporada de 2026.

Bióloga hamburguense Ana Carolina Pont estará na equipe da temporada de 2026 na Antártica | abc+



Bióloga hamburguense Ana Carolina Pont estará na equipe da temporada de 2026 na Antártica

Foto: Arquivo Pessoal

“Vai ser como se fosse quase um Big Brother”, brinca a bióloga que integrará o grupo de pesquisas coordenado pela Dra. Paola Barros Delben, ligado ao Laboratório de Fatores Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina. O projeto interdisciplinar com colaboração internacional (Polônia, Portugal, Argentina e República Tcheca) visa desenvolver, aperfeiçoar e validar tecnologias para a adaptação de saúde e segurança do fator humano em contextos de difícil acesso, como locais polares ou até mesmo espaciais.

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“Trata-se na verdade de um monitoramento para identificar quais os fatores seriam os mais estressantes e ao que esses fatores levam, desencadeiam no psicológico da pessoa, do trabalhador que precisa estar nesse lugar”, explica Ana, que no dia 2 de maio, participará de um seminário em Santa Catarina sobre fatores humanos em ambientes extremos e de emergência. A oportunidade será a primeira reunião da equipe participante do projeto.

Equilíbrio psicológico

Um dos principais requisitos para uma expedição de pesquisa em locais de alto estresse ou isolados, como o ambiente antártico, é possuir equilíbrio psicológico para enfrentar determinadas questões e restrições que só o isolamento causam.

Pesquisadoras, doutoras em psicologia, farão essa avaliação dos fatores psicológicos que poderão se manifestar nas pessoas, pesquisadores e trabalhadores, quando eles estão em ambientes extremos, de estresse e isolados. A partir da identificação, será possível indicar que perfis seriam mais facilmente adaptados a esses locais.

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“Não adianta ter só capacidade técnica, ser um bom trabalhador, ter uma boa formação, tem que poder enfrentar as restrições. Então vai ser como se fosse um monitoramento de quais fatores seriam os mais estressantes e ao que desencadeiam no psicológico”. O confinamento de Ana na Antártica ocorrerá em 2026 e ainda não há informações sobre quanto tempo durará.

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