CEO que sorteou Jeep diz que demitiu funcionária por “questões éticas”

São Paulo — O chefe da empresa que sorteou um Jeep Compass, ganhado pela auxiliar de contabilidade Larissa Amaral da Silva, de 25 anos, afirmou que a funcionária foi demitida por questões éticas e comportamentais. Ela alega que foi desligada após ter questionado a firma sobre as condições do automóvel, que, segundo ela, apresentava defeitos mecânicos.

Ao Metrópoles, a assessoria da Quadri Contabilidade, localizada em Santos, no litoral de São Paulo, explicou, que o sorteio fazia parte de uma ação interna de marketing. O ganhador poderia usufruir do veículo durante o ano inteiro e, nesse meio tempo, deveria bater algumas metas de três em três meses.

Como não conseguia arcar com o IPVA do carro, Larissa decidiu sublocar o Jeep para outra funcionária da empresa, o que não era permitido pelo contrato, já que o veículo estava no nome da empresa e seria transferido para o nome dela no final do ano. Assim, ela teria que assumir a responsabilidade e os gastos de documentação, gasolina e IPVA. Ao final do ano, com as metas batidas, o carro seria passado para o nome dela.

Segundo a assessoria da empresa de contabilidade, a demissão ocorreu após a ex-funcionária ter começado a falar mal do plano de ação, com o qual ela mesma teria concordado e assinado, em outros setores da empresa.


Entenda o caso

  • Larissa Amaral da Silva ganhou um Jeep Compass em um sorteio da Quadri Contabilidade, de Santos, onde ela trabalhava.
  • Para contemplar a ganhadora, a empresa impôs condições, como continuar trabalhando por mais um ano e cumprir metas estabelecidas.
  • O carro, segundo a empresa, valeria mais de R$ 100 mil.
  • Larissa alega que o veículo tinha problemas mecânicos.
  • Ela diz que gastou cerca de R$ 10 mil com os consertos.
  • A auxiliar de contabilidade afirma que, ao questionar a empresa sobre os defeitos do carro, foi demitida.
  • A demissão ocorreu antes de completar o tempo suficiente para manter o prêmio.
  • A documentação do automóvel estava em processo de transferência.
  • O carro, então, foi tomado de volta pela empresa.

Em nota nas redes sociais, o CEO Rodrigo Morgado explicou a situação. “O contrato firmado previa, de forma expressa, que a transferência definitiva do veículo ocorreria apenas em 13/12/2025, após o cumprimento integral das condições por 12 meses”, dizia a nota.

O caso veio à tona em 10 de abril deste ano, quando Larissa usou as redes sociais para compartilhar a situação. Na postagem, ela fala que, no fim do ano passado, foi premiada com o carro através de um sorteio entre os funcionários e que o automóvel apresentava problemas.

A funcionária disse que precisou gastar cerca de R$ 10 mil para consertar o carro e, ao reclamar com a empresa sobre os defeitos mecânicos, foi demitida. Segundo a nota da Quadri, o veículo havia sido vistoriado antes da campanha e, no momento em que Larissa procurou a firma para denunciar os defeitos, foi oferecida a opção de devolução imediata do Jeep.

Ainda de acordo com o texto, Larissa teria escolhido realizar os reparos por conta própria. Depois de três meses, o carro teria dado problema novamente e ela teria começado a pressionar a empresa para assumir os custos, o que contraria os termos contratuais.

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