Governo Trump demite abruptamente cinco membros do conselho da Brand USA por e-mail

Demissões ocorrem em meio a desafios para a recuperação do turismo nos EUA e a relatos de dificuldades enfrentadas por visitantes estrangeiros
(Divulgação/Brand USA)

Cinco membros do conselho da Brand USA, organização responsável pela promoção do turismo nos Estados Unidos, foram demitidos abruptamente por e-mail na última sexta-feira, em uma ação liderada pelo governo Trump para reforçar sua influência sobre o setor. De acordo com o portal especializado Skift, a decisão partiu diretamente da Casa Branca.

Entre os demitidos estão o presidente do conselho, Elliott Ferguson, CEO da Destination DC; a vice-presidente, Lauren Bailey, CEO da Upward Projects; Kristen Esposito, diretora da Esposito Global Partners; o secretário do conselho, Allen Orr, fundador da Orr Immigration Law; e Tim Mapes, diretor de marketing e comunicação da Delta Air Lines.

O conselho da Brand USA é composto por 11 membros, nomeados pelo Secretário de Comércio dos EUA com a contribuição dos Secretários de Estado e de Segurança Interna. “Trump está reformulando o conselho”, afirmou uma fonte ao Skift. Ferguson, por exemplo, havia iniciado seu mandato de um ano há apenas cinco meses.

Em nota, um porta-voz da Brand USA declarou: “A Brand USA não tem comentários sobre o assunto. Recomendamos que entrem em contato com o Departamento de Comércio dos EUA, que gerencia as nomeações do conselho”. A formação atual do conselho havia sido anunciada apenas em dezembro do ano passado.

A mudança acontece em um momento delicado para o turismo nos Estados Unidos, que tem enfrentado uma recuperação mais lenta em comparação a outros destinos internacionais no pós-pandemia. Segundo a Estratégia Nacional de Viagens e Turismo de 2022, o país busca receber 90 milhões de visitantes por ano, movimentando US$ 279 bilhões até 2027. Embora essa meta estivesse adiantada, com previsão de ser atingida já em 2026, o número de visitantes tem registrado quedas recentes.

Relatos de viajantes sendo barrados na imigração e tendo seus celulares confiscados têm contribuído para o declínio.