Lupi reconhece demora em apuração de denúncias no INSS

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, admitiu nesta segunda-feira (28/4) que levou algum tempo para a apuração do esquema de descontos indevidos sobre aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas afirmou que sua pasta “atuou firme” para combater as fraudes. Ele falou na abertura da reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), nesta tarde, na sede da pasta.

Ele começou falando das denúncias recebidas em junho de 2023 e do início da verificação das denúncias apresentadas.

“Eu pedi, à época, instruí, para que o INSS, que é a instituição responsável pela ação dessa política pública, começasse a apurar essas denúncias apresentadas. Levou-se tempo demais”, disse ele, apresentando a auditoria feita em 2024, frisando que ela é anterior às denúncias. “O ministério sempre atuou firme nisso”, completou.

“Não tem absolutamente nenhuma acusação contra mim, até porque não teria por quê”, prosseguiu.

Ele lembrou que afastou um diretor do INSS em razão da “morosidade” do trabalho e destacou a auditoria feita, mas reforçou que o trabalho do INSS é exaustivo. “Uma instituição que tem 6 milhões de contribuintes para as entidades associativas, e 1,2 milhão pedidos novos e mais o pagamento de mais de 40,6 milhões pessoas não é um botequim da esquina”, completou.

A reunião do Conselho da Previdência ocorre dias após a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra o esquema de descontos indevidos sobre aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A farra dos descontos foi revelada pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023, o que levou a PF a deflagrar a operação na última quarta-feira (23/4) e instaurar o inquérito para investigar os descontos de mensalidade associativa feitos sem a autorização dos aposentados por entidades registradas em nome de laranjas.

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