Performances com músicas, ritmos e cores ganham vida nas estações de Canoas

Havia música e corpos em movimentos rítmicos harmoniosos para quem encarou a rotina nas estações de Canoas da Trensub, nesta segunda-feira (28).


Flamenco ganhou a atenção de quem passava pela Estação Canoas no meio da manhã desta segunda-feira (28)



Flamenco ganhou a atenção de quem passava pela Estação Canoas no meio da manhã desta segunda-feira (28)

Foto: LEANDRO DOMINGOS/GES-ESPECIAL

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Entre o corre-corre para entrar e sair do trem e a pressa para cruzar a roleta, houve quem parou e se encantou com uma mostra da 13ª Semana da Dança de Canoas.

Desde o início da manhã, um grupo ligado ao Colegiado da Dança de Canoas promoveu uma série de apresentações com ritmos diversos.

O movimento começou logo às 7 horas na Estação Petrobrás e continuou nas estações São Luís/Ulbra, Mathias Velho, Canoas/Unilasalle, Fátima e Niterói/UniRitter.

Enrolada em uma bandeira do Rio Grande do Sul, a pequena Camile Helena da Silva, 9 anos, deu um show com uma apresentação misturando hip-hop e tradição gaudéria.

Com um sorriso no rosto, ela girou e saltou como uma bailarina profissional, entre passos apressados de quem se movimentava para entrar e sair da Estação.

Houve os que aplaudiram, assobiaram, gritaram, elogiaram e também quem, somente acompanhando em silêncio, gravou com o aparelho celular para manter o registro.

Embalada pela agitação, Camile agradeceu com delicado gesto os aplausos para a satisfação das colegas de dança e da professora Tina Colares.

“É uma tradição da Semana da Dança de Canoas nos apresentarmos em estações de trem e neste ano a gente não poderia deixar passar”, disse Tina.

Um elogio à cultura

Com consulta agendada no oftalmologista, o aposentado Inácio Andrade, 64 anos, parou na Estação Canoas para apreciar uma bela apresentação de flamenco.

Após aplaudir as dançarinas, comentou ser ele mesmo um “pé de valsa”, além de dizer que a arte da dança está entre as melhores manifestações culturais que existe.

“Está entre as coisas mais bonitas do mundo”, elogiou. “Eu mesmo dançava muito bem, mas o que as moças apresentaram é outro nível. Elas são um espetáculo.”

Também parada, de pé, observando cada movimento das dançarinas, Gabriela Oliveira, 54 anos, disse sentir falta deste tipo de movimento pelas estações.

“Achei lindo”, disse. “É uma pena que uma coisa bonita assim seja cada vez mais rara. Antigamente, até piano de cauda a gente via na estação”, lembra.

Movimento recomendável

Professora de dança flamenca, Grazi Silveira celebra a realização da 13ª Semana da Dança e lamenta somente que, neste ano, a Prefeitura de Canoas não tenha entrado com incentivo, o que tornou o alcance do evento menor.

“É complicado a gente ficar para cima e para baixo com materiais e caixas de som, então a estrutura com que contávamos da Prefeitura de Canoas, em outros anos, ajudava a Semana da Dança a chegar mais longe.”

Ao citar e elogiar a parceria com o Canoas Shopping e Sesc Canoas, Grazi lembra que a dança é universal e acessível a quem quiser participar.

A aluna Mara Barpp concorda. Dona de casa, ela comenta que a qualidade de vida mudou após começar a dançar há dez anos. Desde então, não pensa mais em parar.

“A dança é vida”, afirma. “Comecei a dançar e nunca mais consegui parar. O corpo da gente pulsa diferente e minha disposição aumentou muito. Recomendo muito”, convida.

Encerramento

A 13ª Semana da Dança de Canoas se encerra no Dia Internacional da Dança, comemorado em 29 de abril, nesta terça-feira, com uma celebração especial no Teatro do Sesc Canoas.

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