Progressistas e União Brasil firmam federação e se preparam para eleições de 2026

Após meses de negociações, os partidos Progressistas (PP) e União Brasil (UB) anunciaram, na última semana, a formação de uma federação. O acordo une 108 deputados federais, superando o PL (Partido Liberal), que tem 92 parlamentares na Câmara dos Deputados.

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A nova composição, denominada União Progressista, terá impacto direto nas eleições de 2026, permitindo que as duas siglas atuem juntas por um período mínimo de quatro anos.

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Progressistas e União Brasil firmam federação e se preparam para eleições de 2026

Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

A federação será anunciada oficialmente nesta terça-feira (28), às 15h, em Brasília.

Aliança nacional 

A nova aliança coloca o bloco como a terceira maior bancada do Senado, com 13 senadores, e fortalece significativamente sua presença no cenário municipal, com 1.393 prefeitos, o que corresponde a um quarto dos 5.571 municípios do Brasil. No Rio Grande do Sul, a união representa 183 prefeitos, sendo 163 do PP e 21 do União Brasil.

Entre as 47 cidades da área de abrangência do Grupo Sinos, a nova composição governará 14 municípios (veja lista completa abaixo) — 13 sob a liderança de prefeitos do PP e 1 do União Brasil. Entre as cidades estão Novo Hamburgo, com o prefeito Gustavo Finck (PP), e Gramado, com Nestor Tissot (PP) e Ernani Forneck (União Brasil).

Impacto regional

A nova aliança tem um peso significativo no Rio Grande do Sul, onde a parceria já gera expectativas de fortalecimento na Assembleia Legislativa e nos municípios. O deputado Covatti Filho, presidente do PP no estado, vê com bons olhos a união, destacando que a criação da bancada da Federação União Progressista, com 10 deputados estaduais entre os dois partidos, poderá consolidar a força política da região. “ É uma força que se une”, destacando que a Federação é diferente da fusão.

Na fusão os partidos existentes são extintos e criam uma nova sigla, já na s federações podem ser formadas por dois ou mais partidos e têm duração mínima de quatro anos. A aliança vale para as eleições para presidência, Senado, Estados e prefeituras, mas também para as eleições da Câmara dos Deputados, das assembleias e das câmaras dos municípios. “Vamos caminhar juntos nas eleições de 2026 e nas eleições de 2028”, afirmou Covatti.

União estratégica

Do lado do União Brasil, a expectativa também é positiva. O deputado federal Luiz Carlos Busato, presidente do União Brasil no Rio Grande do Sul, mencionou que uma reunião interna será realizada nesta segunda-feira (28) para alinhar os detalhes da nova federação. “A parceria entre o Progressistas e o União Brasil tem sido sólida, e essa federação vem para consolidar um projeto comum, com o objetivo de fortalecer o Rio Grande do Sul e o Brasil”, destacou Busato.

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O senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP) também se manifestou a favor da federação, considerando-a uma mudança estratégica importante para o futuro do Brasil. “Essa união cria as condições necessárias para barrar projetos prejudiciais e assegurar o que é realmente importante para a população”, declarou Heinze.

Vale destacar que a bancada gaúcha no Senado não conta com nenhum representante do União Brasil.

Fortalecimento Municipal e perspectivas para 2026

No cenário municipal, a federação já demonstra seu poder político. O deputado Joel Wilhelm (PP) enfatizou que a união cria uma frente política robusta no Rio Grande do Sul, somando 188 prefeituras e cerca de 1.500 vereadores. “Isso faz como que automaticamente a Federação seja protagonista no pleito de 2026, seja na Assembleia ou na Câmara, mas também nos dá muita força para poder trabalhar uma candidatura própria ao governo do estado, e obviamente estar alinhados, a nível nacional, com Bolsonaro ou quem Bolsonaro indicar”, afirmou Wilhelm.

O deputado estadual Issur Koch (PP) também ressaltou a relevância da aliança, afirmando que a união será fundamental para o fortalecimento das políticas públicas voltadas ao desenvolvimento regional. “A federação une forças para alcançar um objetivo comum, mas é preciso que ela também se atente às especificidades locais, garantindo que as necessidades de cada região sejam respeitadas”, concluiu Koch.

Na outra ponta, o deputado estadual Dr. Thiago Duarte (União Brasil) manifestou preocupação em relação à implementação da federação partidária no Rio Grande do Sul. Segundo o parlamentar, o tema ainda não foi devidamente discutido no âmbito estadual, o que pode trazer impactos negativos para a organização política regional. “É algo que sequer foi debatido com a profundidade necessária no Estado. Estamos diante de uma mudança significativa sem o devido diálogo com as bases e lideranças locais”, afirmou Dr. Thiago.

Prefeituras coordenadas por PP e União Brasil na região:

• Capela de Santana: Oziel Rangel (PP)
• Dois Irmãos: Jerri Meneghetti (PP)
• Gramado: Nestor Tissot (PP)
• Harmonia: Ernani Forneck (União Brasil)
• Igrejinha: Leandro Horlle (PP)
• Ivoti: Valdir Ludwig (PP)
• Lindolfo Collor: Gaspar Behne (PP)
• Morro Reuter: Airton Bohn (PP)
• Nova Hartz: Neri (PP)
• Novo Hamburgo: Gustavo Finck (PP)
• Picada Café: Daniel Rückert (PP)
• Santo Antônio da Patrulha: Rodrigo Massulo (PP)
• Sapiranga: Carina Nath (PP)
• Sapucaia do Sul: Volmir Rodrigues – Gordo (PP)

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