Bolsonaro, seu mané, você vai perder mais uma batalha

Os que pedem a Deus, como é o meu caso, que Bolsonaro logo se recupere para ser condenado e preso pelos crimes que cometeu, temem a essa altura que aconteça justamente o contrário desde que uma inesperada notícia bateu à porta do seu quarto de UTI transformado em escritório político e empresarial.

A notícia, publicada por Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo: os presidentes David Alcolumbre, do Senado, e Hugo Motta, da Câmara, negociam com o Supremo Tribunal Federal a aprovação de uma lei que diminua as penas dos condenados do 8/1, e aumente as dos líderes de tentativas de golpe de Estado no Brasil.

A ideia é que o acordão esvazie a pressão de bolsonaristas para que o Congresso aprove uma anistia para esses presos, o que poderia vir a beneficiar também Bolsonaro. Ele e sua turma foram pegos de surpresa logo no dia que Bolsonaro gravou um vídeo convocando para mais um comício a favor da “anistia ampla, geral e irrestrita”.

O pastor Silas Malafaia passou recibo de imediato:

“Isso é uma palhaçada. Uma confissão inequívoca de que o STF reconhece que o golpe é uma farsa. Uma injustiça contra pessoas inocentes, comandada pelo ditador de toga Alexandre de Moraes”.

Oi! Bolsonaro sempre disse que a anistia não seria para ele, e sim para os brasileirinhos que se envolveram na depredação de prédios públicos em Brasília sem saber que participavam de um golpe tramado pela esquerda. Para que um golpe se Lula tomara posse uma semana antes? Bolsonaro não responde.

O ministro Alexandre de Moraes deu sinal verde para que o acordo vá adiante. Luís Roberto Barroso, presidente do tribunal, também. Uma lei só retroage para beneficiar réus e condenados, não para prejudicá-los. Não valerá para Bolsonaro o aumento de pena, só para aqueles que no futuro decidam dar um golpe.

Bolsonaro, portanto, não tem ou não teria por que se queixar. Ele só perderá mais uma batalha: a de seguir usando seus adeptos insanos e idiotas como massa de manobra.

Passe bem, Bolsonaro.

 

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