Demitidas, Nísia e aliada de Janja ganham quarentena remunerada

A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República concedeu quarentena remunerada à ex-ministra da Saúde Nísia Trindade, demitida do governo Lula em 25 de fevereiro deste ano. Na prática, isso significa que o governo federal vai pagar o salário de Nísia por mais seis meses, sem que ela precise trabalhar. Como a ministra da Saúde recebia R$ 44.008,52 mensais, o gasto total chegará a 265 mil.

Legalmente, a quarentena é concedida a funcionários de alto escalão que deixam o governo e pretendem trabalhar na iniciativa privada. O objetivo é evitar conflitos de interesses na chamada porta giratória.

Ao colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, Nísia informou que, mesmo em quarentena remunerada, irá retornar a suas atividades como pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição vinculada ao Ministério da Saúde da qual é servidora concursada. “Não há contradição entre estar em quarentena, conforme previsto na legislação, e retomar minhas atividades como pesquisadora da Fiocruz, o que, a rigor, nunca deixei de exercer”, explicou a ministra.

A decisão da Comissão de Ética Pública em conceder quarentena remunerada a Nísia Trindade foi tomada na reunião dessa segunda-feira (28/4).

Ex-secretária de Estratégia e Redes da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Brunna Rosa Alfaia também receberá salário sem trabalhar por mais seis meses. Aliada da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ela foi exonerada do cargo em 17 de janeiro, com a chegada do atual ministro da Secom, Sidônio Palmeira. Brunna tinha salário de R$ 18.469,94.

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