Governo teve superávit de R$ 1,1 bilhão em março, diz Tesouro

As contas do governo central — Tesouro Nacional, Banco Central (BC) e Previdência Social — registraram superávit primário de R$ 1,1 bilhão em março de 2025, enquanto no mesmo mês de 2024 foi observado um déficit de R$ 1 bilhão (em valores não corrigidos pela inflação). O resultado do mês foi melhor do que a mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que apontava para um déficit de R$ 3,5 bilhões. Também foi o melhor resultado para o mês de março desde 2021.

No terceiro mês de 2025, Tesouro e Banco Central, juntos, foram superavitários em R$ 24 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou um déficit de R$ 23 bilhões. Comparado a março de 2024, o resultado primário observado decorreu da combinação de um acréscimo real da receita líquida de 0,8% (R$ 1,4 bilhão) e de um decréscimo das despesas totais de 0,5% (R$ 808,4 milhões).

No acumulado do primeiro trimestre de 2025, o resultado do governo central atingiu um superávit primário de R$ 54,5 bilhões, frente a um superávit de R$ 20,2 bilhões no mesmo período de 2024 (em valores não corrigidos pela inflação).

Os dados fazem parte do Relatório do Tesouro Nacional (RTN), divulgado nesta terça-feira (29/4).


Entenda as contas do governo central

  • Um superávit primário ocorre quando as receitas têm saldo maior do que as despesas, sem contar os juros. O déficit primário ocorre quando esse resultado é negativo. Juntos, eles formam o “resultado primário”.
  • No acumulado de 2024, o governo central teve déficit primário de R$ 43 bilhões — equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo com o resultado negativo, a meta fiscal de 2024 foi cumprida.
  • Em janeiro de 2025, o governo central foi superavitário em R$ 84,9 bilhões. Já em fevereiro, o governo teve déficit de R$ 31,7 bilhões.
  • A meta do governo federal para 2025 é de déficit fiscal zero. Isso significa a busca da equipe econômica pelo equilíbrio das contas públicas, com receitas equiparadas às despesas.

A meta fiscal para 2025

Assim como no ano anterior, o governo federal persegue a meta fiscal de déficit fiscal zero em 2025. Ou seja, a busca pelo equilíbrio das contas públicas, com receitas equiparadas às despesas.

A ideia é que haja aumento gradual até 2028, quando se prevê chegar ao superávit primário de 1% do PIB.

Confira as demais projeções:

  • 2026: superávit de 0,25% do PIB (R$ 33,1 bilhões);
  • 2027: superávit de 0,50% do PIB (R$ 70,7 bilhões);
  • 2028: superávit de 1% do PIB (R$ 150,7 bilhões).
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