Ibovespa fecha com variação positiva discreta e assegura 7ª alta consecutiva

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou com acréscimo modesto nesta terça-feira, marcando sua sétima alta seguida, mas sem conseguir sustentar o patamar de 136 mil pontos atingido no melhor momento da sessão, endossado pelo desempenho positivo dos índices em Wall Street.

O Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, encerrou com variação positiva de 0,06%, a 135.092,99 pontos, chegando a tocar 136.149,74 na máxima do dia, novo pico do ano e se aproximando do recorde histórico de 137.469,26. Na mínima, marcou 134.898,67.

O volume financeiro somou R$23 bilhões.

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Para o economista Alexsandro Nishimura, da Nomos, apesar de dar mais um passo rumo ao recorde, o Ibovespa — que teve três pregões de altas mais contidas — precisará de um direcionador relevante para romper a marca alcançada no ano passado.

Segundo dados da B3, o fluxo estrangeiro na bolsa acumula no ano um saldo positivo de R$7,7 bilhões até 25 de abril, embora no mês o saldo esteja deficitário em R$3,3 bilhões.

Nos Estados Unidos, sinais de progresso nas negociações sobre tarifas do presidente norte-americano, Donald Trump, deram o tom na sessão. O republicano assinará um decreto que concede alívio tarifário às montadoras que fabricam veículos no país, conforme informou o secretário de Comércio, Howard Lutnick.

Em Nova York, o S&P subiu 0,58%, o Nasdaq avançou 0,55% e o Dow Jones encerrou com alta de 0,75%, com investidores monitorando ainda uma série de balanços corporativos e dados econômicos norte-americanos.

No Brasil, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a autarquia responde a uma dinâmica inflacionária desafiadora, o que justifica a extensão do ciclo de aperto monetário, e reafirmou visão apresentada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em março, que elevou a Selic em um ponto, a 14,25% ao ano, e indicou uma alta de menor magnitude em maio.

Na cena corporativa, ainda são esperados para o final do dia os resultados trimestrais de Iguatemi, Isa Energia, entre outros. Marcopolo, que também está na lista, divulgou balanço logo após o fechamento do mercado.

DESTAQUES

– PETROBRAS PN (PETR4) e PETROBRAS ON (PETR3) subiram 0,53% e 0,28%, respectivamente, apesar do declínio dos preços do petróleo no exterior. O barril de Brent, referência para a estatal, fechou negociado em baixa de 2,44%, a US$64,25. A estatal divulga nesta terça, após fechamento do mercado, relatório de produção e vendas do primeiro trimestre.

– VALE ON (VALE3) caiu 0,37%, apesar da recuperação dos futuros do minério de ferro na Ásia, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações diurnas com acréscimo de 0,28%, a 709 iuanes (US$97,49) a tonelada. O presidente da mineradora, Gustavo Pimenta, disse nesta terça que está estudando alternativas para seu portfólio de níquel, incluindo venda, formação de parcerias ou hibernação de ativos, visto que o mercado enfrenta um cenário desafiador de curto prazo.

– GERDAU PN (GGBR4) caiu 1,16%, após trocar o sinal algumas vezes no pregão, na esteira de queda de quase 15% no resultado operacional medido Ebitda ajustado do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O desempenho, porém, veio um pouco melhor que o esperado por média de previsões de analistas compilada pela Lseg. Executivos da siderúrgica disseram em conferência com analistas que o mix de produtos da companhia nos EUA protege a empresa de incertezas relacionadas à guerra tarifária global e que não viram sinais de redução de vendas na região.

– ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) valorizou-se 0,80%, BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) ganhou 0,53%, BRADESCO PN (BBDC4) subiu 1,12% e SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) avançou 0,57%.

– GPA ON (PCAR3) subiu 8%, após disparar até 16% na máxima da sessão, liderando os ganhos do Ibovespa em meio às perspectivas de mudança do conselho de administração da companhia, antes da assembleia geral extraordinária marcada para segunda-feira.

– CAIXA SEGURIDADE ON (CXSE3) caiu 4,24%, após o JPMorgan rebaixar na véspera a recomendação do papel para “neutra”, ante “overweight”, com analistas citando, entre outros fatores, um ambiente de taxas de juros mais “dovish” — com o pico da Selic agora precificado em torno de 14,75%, versus cerca de 17% em dezembro de 2024 — no qual seguradoras tendem a se beneficiar menos.

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