Magno Malta detalha visita a Daniel Silveira na prisão

O senador Magno Malta detalhou a visita ao ex-deputado Daniel Silveira, preso desde fevereiro de 2023 por ameaças ao Estado Democrático de Direito e incitação à violência contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Malta, Silveira “mantém seu patriotismo” e demonstrou preocupação com as penas impostas aos presos pelos atos radicais de 8 de Janeiro. Em contato com a coluna, o senador disse ter conversado por cerca de 5 horas com Silveira, na segunda-feira (28/4), dentro da unidade prisional agrícola de Magé, no Rio de Janeiro, onde o ex-deputado está preso desde fevereiro deste ano.

“Não encontrei um Daniel choroso, um Daniel abatido por conta da prisão. Muito pelo contrário. Eu é que saí de lá revigorado, animado com a força de Daniel, com as posições dele, a crença dele no Brasil, de que nós ainda sairemos desse caos. Ele está estudando, está lendo. Assim vai ocorrendo a remissão de pena, e ele espera, como todos esperam — o advogado dele, a família aqui — que, seguindo os códigos, certamente por volta do mês de agosto ou setembro, ele já terá direito [à progressão de regime], por conta da remissão da sua pena”, disse o senador.

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Daniel Silveira estava preso em Bangu 8 desde 2 de fevereiro de 2023

Após ter o caso julgado pelo STF, o parlamentar foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a instituições da República. No entanto, logo após a decisão do tribunal, o presidente Bolsonaro concedeu indulto a Silveira. “Um decreto que vai ser cumprido”, disse Bolsonaro, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais
Magno Malta conversou por 5h com Daniel Silveira em presídio no Rio de Janeiro
O senador Magno Malta
Magno Malta conversou com Daniel Silveira sobre os presos do 8 de Janeiro
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Daniel Silveira “mantém o patriotismo” na prisão, diz Magno Malta

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Daniel Silveira estava preso em Bangu 8 desde 2 de fevereiro de 2023

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Após ter o caso julgado pelo STF, o parlamentar foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a instituições da República. No entanto, logo após a decisão do tribunal, o presidente Bolsonaro concedeu indulto a Silveira. “Um decreto que vai ser cumprido”, disse Bolsonaro, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais

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Magno Malta conversou por 5h com Daniel Silveira em presídio no Rio de Janeiro

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O senador Magno Malta

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Magno Malta conversou com Daniel Silveira sobre os presos do 8 de Janeiro

 

“Ele mantém o seu patriotismo, a sua força, a crença no povo do Brasil. Mantém a sua confiança em Deus. Sabe da injustiça que está vivendo, mas tem consciência também de que a justiça de Deus não falha”, contou Malta.

Daniel Silveira teve a liberdade condicional concedida pelo ministro Alexandre de Moraes em dezembro de 2024, mas foi preso novamente quatro dias depois por descumprimento de medida cautelar. O ex-deputado violou o toque de recolher para, supostamente, ir a um hospital. A tornozeleira eletrônica usada por Silveira registrou sua presença no hospital até 0h44, mas ele só retornou à sua residência às 2h da manhã.

 

Presos de 8/1

Magno Malta relatou ainda que Silveira está “preocupado demais com os presos do dia 8 e as notícias das manifestações e das sentenças exorbitantes que têm sofrido os inocentes do dia 8”. O ex-deputado teria pedido ao senador que manifestasse “a solidariedade dele a todas essas famílias”. “Isso ele me pediu para transmitir a cada um desses, ou pelas redes sociais ou pessoalmente. Está junto”, disse Malta.

“Conversamos muito. Falei da luta que o Congresso está travando neste momento. O momento que vive o [deputado Alexandre] Ramagem [denunciado no inquérito que apura a suposta tentativa de golpe de Estado em 2022] também. Eu sei que saí de lá revigorado com a coragem e disposição de Daniel em continuar acreditando”, afirmou o senador.

Em março, Daniel Silveira teve o pedido para “saidinha” temporária de Páscoa negado por Moraes. Condenado em 2022 a 8 anos e 9 meses de prisão, o ex-parlamentar também teve um pedido para trabalhar e estudar fora da prisão rejeitado pelo ministro do STF neste mês de abril.

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