Qual é o orçamento para ser campeão brasileiro? De R$ 300 mi para cima, diz Fred Luz

Com a experiência de quem foi CEO do Flamengo e Corinthians, além de ter trabalhado em dezenas de clubes do futebol brasileiro, Frederico Luz, Managing Director de Esportes e Entretenimento da Álvarez & Marsal, explicou qual é o orçamento mínimo que um clube deve depender se quer ser campeão do Brasileirão.

“Qual é o valor necessário para a minha ambição esportiva? Existe uma conta. Eu quero ser campeão. Eu quero ser campeão! Ah, para ser campeão você precisa de um orçamento no futebol que diria de R$ 300 milhões para cima, para você ter uma alta probabilidade de ser campeão”, explicou o executivo em entrevista ao programa Game Changers, que estreou neste final de semana nas plataformas do InfoMoney.

Fred Luz disse carregar uma “tabelinha” desde quando trabalhava no Flamengo – foi diretor de marketing do clube em 2013 e CEO entre os anos de 2014 e 2018.

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Na tabelinha tem também a conta para não ser rebaixado de divisão e para subir da Série B para a A no Brasileirão. “Para não cair, sei lá, R$ 60 milhões a R$ 100 milhões, entendeu? [Pra ficar] Na Série A do Brasileirão”, contou o executivo, que deixou o cargo de CEO do Corinthians no final do ano passado e agora atua exclusivamente na Alvarez e Marsal.

Fred Luz admite que os valores que ele tinha como referência para subir de divisão precisam ser atualizados depois da chegada das SAFs (Sociedade Anônima do Futebol) ao futebol brasileiro.

“Da Série B pra Série A. Esse número, quando eu comecei lá no Coritiba, era de R$ 35 milhões. No Cruzeiro também, ainda em 2014, era de R$ 35 milhões para subir. E subiu. Subiu, e naquele tempo dava para se segurar com uns R$ 50 [milhões]. Esses números foram inflacionados, eles subiram depois das SAFs. Eu não sei hoje, agora, aqui nesse momento, especificar exatamente qual é esse número, mas ele existe e aí vem a conversa do gestor com o diretor de futebol”.

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Papel do diretor de futebol na gestão do orçamento

Para Fred Luz, o diretor de futebol dos clubes brasileiros precisa ter uma atitude proativa para a manutenção de um equilíbrio entre gasto e ambição esportiva.

“O diretor de futebol é responsável pelo resultado esportivo. Se for isso, o que é que o diretor de futebol vai estar exigindo o tempo todo? Mais jogador. Mas o diretor de futebol não deve ser olhado assim.  Ele tem uma missão maior do que essa”, explicou o executivo.

“O treinador pedir mais jogador, nenhum problema. O torcedor pedir mais jogador, nenhum problema. Mas o diretor de futebol é a peça fundamental desse equilíbrio entre gasto e ambição esportiva. Isso tem que ser negociado”, complementou.

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