Trump demite marido de Kamala Harris do conselho do Museu do Holocausto


Outros funcionários da gestão Biden também foram desligados. Trump tem promovido mudanças em instituições culturais desde que voltou à Casa Branca. Doug Emhoff, marido de Kamala Harris, em evento de campanha do Partido Democrata
Evelyn Hockstein/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu Doug Emhoff do conselho de administração do Museu Memorial do Holocausto em Washington. Emhoff é casado com a ex-vice-presidente Kamala Harris, derrotada por Trump nas eleições de 2024.
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Durante o governo do democrata Joe Biden, Emhoff atuou em campanhas contra o antissemitismo. Ele foi nomeado por Biden ao cargo.
“Permitam-me ser claro: a memória e a educação sobre o Holocausto jamais devem ser politizadas”, escreveu Emhoff, que é judeu, nesta terça-feira (29). Ele confirmou a demissão em uma publicação no Instagram.
“Transformar uma das piores atrocidades da história em um tema que polariza é perigoso, e desonra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas que este museu foi criado para preservar”, acrescentou.
Emhoff e Kamala Harris são casados desde 2014.
Segundo o jornal The New York Times, entre os demitidos do conselho do Museu do Holocausto também estão o ex-chefe de gabinete da Casa Branca no governo Biden, Ron Klain; a ex-assessora de política nacional Susan Rice; e um assistente da ex-primeira-dama Jill Biden.
O NYT informou que o escritório de recursos humanos da Casa Branca enviou um e-mail aos conselheiros nesta terça, com a seguinte mensagem: “Em nome do presidente Donald J. Trump, escrevo para lhe informar que sua posição como membro do Conselho do Memorial do Holocausto dos Estados Unidos terminou, com efeito imediato”.
O conselho que supervisiona o Memorial do Holocausto em Washington tem 63 membros, dos quais 55 são nomeados pelo presidente dos EUA. Criado pelo Congresso em 1980, o conselho administra o museu inaugurado em 1993 na capital americana.
Desde que voltou à Casa Branca, em janeiro, Trump tem tentado deixar sua marca em instituições culturais e educacionais, como o Kennedy Center e a Universidade de Harvard.
Ele também tem buscado ajustar contas com adversários políticos, mirando escritórios de advocacia ligados a seus opositores — como o empregador de Emhoff, o escritório Willkie Farr & Gallagher.
Apesar da demissão, Emhoff disse que seu compromisso com a memória do Holocausto e com o combate ao antissemitismo continua.
“Continuarei me expressando, educando e lutando contra o ódio em todas as suas formas porque o silêncio nunca é uma opção”, frisou.
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